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Entusiasmo com IA dá maior ganho semanal deste ano a S&P 500 e Nasdaq

As contas da Alphabet e da Microsoft deram o sinal de que o mercado precisava, dando novamente gás ao entusiasmo com a inteligência artificial.

Os lucros do JPMorgan, Wells Fargo e Citigroup subiram 35%, 60% e 2%, respetivamente, no terceiro trimestre.
Andrew Kelly/Reuters
Sílvia Abreu silviaabreu@negocios.pt 26 de Abril de 2024 às 21:23
A expectativa era grande, mas os resultados da Alphabet e da Microsoft não desiludiram, alimentando um maior apetite pelo risco em Wall Street esta sexta-feira. 

O entusiasmo foi visível, tendo as bolsas norte-americanas encerrado pintadas de verde. O S&P 500 valorizou 1,02% para 5.099,81 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 2,03% para 15.927,9 pontos. No acumulado da semana, arrecadaram mesmo o maior ganho semanal deste ano (2,67% e 4,23%, respetivamente). 

Olhando para o industrial Dow Jones, o saldo do dia foi também positivo, embora menos expressivo, com o índice a registar uma subida de 0,4% para 38.239,66 pontos

A Alphabet e a Microsoft apresentaram ontem os resultados do primeiro e terceiro trimestre fiscal, respetivamente, tendo ambas superado as estimativas. No caso da dona da Google, o resultado líquido foi de 23,66 mil milhões de dólares, ou 1,89 dólares por ação – contra 15,05 mil milhões no mesmo período do ano precedente. Já a Microsoft registou lucros de 21,93 mil milhões de dólares (2,94 dólares de lucro por ação), o que se traduz num aumento de 20% face ao valor registado no mesmo período do ano passado.

Os números agradaram aos investidores e refletiram-se na negociação de hoje, com a Alphabet a registar uma subida de 9,97% para 173,69 dólares e a Microsoft ganhos de 1,82% para 406,32 dólares. Por arrasto foram outras cotadas ligadas também à inteligência artificial (IA): a Nvidia escalou 6,18% para 877,35 dólares e a Advanced Micro Devices somou 2,37% para 157,4 dólares.

Para o mercado, a mensagem parece ter sido clara: o investimento em IA está a dar frutos e há margem para um maior "rally". 

Solita Marcelli, analista na gestora de ativos UBS Global, considera que os mais recentes resultados corporativos amenizaram as preocupações quanto a um cenário macroeconómico mais cinzento. "Com os fundamentais para o setor tecnológico a manterem-se robustos, continuamos a sublinhar que a recente correção ofereceu pontos de entrada interessantes para ações relacionadas com inteligência artificial e tecnologia", afirmou, em declarações à Bloomberg.

Além das contas das gigantes tecnológicas, o mercado viu também algum alívio com os novos dados da inflação. Isto porque o índice de preços nas despesas de consumo nas famílias (PCE), que é visto como o indicador da inflação preferido da Reserva Federal (Fed) norte-americana, subiu 2,7% em março, tendo superado por muito pouco as expectativas dos analistas (que esperavam um aumento de 2,6%). Em termos mensais, a subida foi de 0,3%, em linha com a evolução registada em fevereiro.

Para Clark Bellin, da Bellwether Wealth, os dados hoje conhecidos mantêm em cima da mesa um alívio dos juros ainda este ano, embora no último trimestre. "Acreditamos que o mercado de ações conseguirá ultrapassar este contexto de elevadas taxas de juro, uma vez que os resultados das empresas se mantêm robustos e as empresas estão a descobrir como continuar a crescente apesar deste ambiente", defendeu, também em declarações à agência financeira. Apesar de reconhecer que os investidores gostariam de ver as taxas de juro descer, salienta que "o mercado acionista tem capacidade para continuar a subir, mesmo que não ocorram descidas dos juros este ano". 

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