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CaixaBank volta a reforçar no BPI e já detém quase 94%
A instituição financeira espanhola anunciou a aquisição de uma posição de 0,391% no BPI, passando a sua participação para 93,863%.
"O CaixaBank vem, por este meio, comunicar a aquisição, nos passados dias 8, 9, 10 e 11 de Maio de 2018, de 5.692.177 acções ordinárias do Banco BPI, representativas de 0,391% do capital social e 0,391% direitos de voto do BPI, tendo pago um preço médio de 1,45 euros por acção e um valor total de 8.253.656,65 euros", anunciou esta segunda-feira o BPI em comunicado divulgado na CMVM.
Na sequência destas aquisições, o CaixaBank passou a deter directamente 1.367.366.190 acções representativas de 93,853% do capital social do BPI e de 93,863% dos direitos de voto no BPI, considerando, de acordo com o relatório e contas do ano de 2017 divulgado pelo BPI, a existência de 150.896 acções próprias, correspondentes a 0,01% do capital social do BPI.
No passado dia 6 de Maio, o CaixaBank revelou ter comprado mais 8% do capital do BPI, por quase 178 milhões de euros, à seguradora alemã Allianz. Ficou assim com 92,935% do capital do banco liderado por Pablo Forero (na foto).
Após esta operação, o accionista decidiu prosseguir com a retirada de bolsa do BPI. Se a decisão for aprovada, em assembleia-geral e pelo regulador do mercado, o CaixaBank avança com uma oferta pelas acções que não detém. A contrapartida será de 1,45 euros - o mesmo preço pago à Allianz - o que implica um prémio 27,9% face à oferta pública de aquisição (OPA) realizada no ano passado.
Posteriormente, a 7 de Maio, o banco espanhol reforçou no BPI, passando a deter uma participação correspondente a 93,462% do capital social e 93,472% dos direitos de voto.
Agora, com as novas aquisições anunciadas hoje, o CaixaBank detém 93,863% do BPI.
Em Fevereiro do ano passado, o BPI deixou o PSI-20, uma vez que a liquidez era diminuta, mas continuou em bolsa. Isto aconteceu depois da OPA. Desta vez, o BPI deverá mesmo sair da praça lisboeta.