Na sequência do “Dia do Investidor” da Zon Optimus, o BPI emitiu uma nota de investimento para a empresa. O banco reviu em alta a avaliação para a operadora dos anteriores 6,45 euros para 6,50 euros. Face a este preço-alvo, a empresa tem uma margem de progressão de 12,9%.

“A Zon Optimus apresentou, na sexta-feira, o seu plano estratégico com uma mensagem poderosa e metas muito ambiciosas com um objectivo chave: crescimento da quota de mercado”, explicou o analista Pedro Oliveira. A empresa liderada por Miguel Almeida pretende um ganho de quota de mercado entre os 4% e os 5%.

No entanto, o banco de investimento identifica “perspectivas sombrias para o sector”. “A parte negativa da apresentação foram as perspectivas muito conservadoras para o sector, estimando uma queda acumulada de cerca de 8% de 2013 a 2018”, acrescenta o BPI.

O mesmo banco acredita que “a empresa está a ser demasiado conservadora nas perspectivas, mas não podemos ignorar que a gestão da Zon Optimus acredita que o ambiente competitivo pode ser mais duro por um longo período e está a trabalhar de acordo com estas previsões”.

Para reflectir estas “perspectivas mais conservadoras para o sector”, o BPI reviu em baixa as estimativas para a empresa, o que foi parcialmente compensado pela previsão de ganho de quota de mercado e pelo aumento das sinergias previstas com a fusão. Deste modo, e na sequência da “recente escalada das acções”, o BPI retirou Zon da lista de “core buy”, ainda que continue a recomendar “comprar” as suas acções.

“Mantemos a nossa convicção no título a médio prazo, mas temos agora mais receios em relação aos resultados de curto prazo e um baixo nível de conforto devido às perspectivas deprimidas da companhia para o sector”, conclui Pedro Oliveira.

As acções seguem a subir 1,48% para os 5,754 euros, prolongando o ganho superior a 9% que registaram na passada sexta-feira. A Zon já tocou, esta segunda-feira, nos 5,83 euros, o valor mais alto desde 14 de Agosto de 2008.