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BPI dispara após Violas admitir que OPA é "inevitável"

A entrevista de Tiago Violas está a ter forte impacto nas acções do BPI, que apesar de negociarem em forte alta persistem abaixo do preço da OPA dos espanhóis do CaixaBank.

Paulo Duarte
19 de Setembro de 2016 às 08:43
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As acções do BPI estão a negociar em forte alta neste arranque de sessão na praça portuguesa, reagindo às palavras de Tiago Violas, uma vez que o accionista minoritário do banco que tem tentado travar a OPA do CaixaBank, diz que a oferta dos espanhóis é "inevitável".

 

"Penso que é inevitável. Acho que tentámos…", referiu Tiago Violas, em entrevista ao Negócios e Antena1, depois de ter sido questionado se a OPA do CaixaBank iria avançar.

 

"Estamos conscientes da força que temos e penso que, como disse há pouco, esgotámos essa força. E portanto, as coisas vão ter de acontecer, o que tiver de acontecer. Não vai ser por nossa iniciativa que o banco vai ter problemas com o BCE", reforçou.

 

As acções do BPI estão a reagir em forte alta a estas declarações, com os títulos a avançarem um máximo de 5,67% para 1,099 euros. Uma cotação que corresponde a um máximo de duas sessões, mas permanece abaixo do preço da OPA do CaixaBank (1,113 euros).

"Esperamos que as acções do BPI reajam de forma positiva a estes comentários e se aproximem do preço da OPA", referem os analistas do Haitong, numa nota enviada a clientes.

 

O líder da Holding Violas Ferreira tem sido o principal rosto da oposição à OPA do CaixaBank sobre o BPI, sendo que as providências cautelares que interpôs já obrigou à suspensão da Assembleia geral do BPI por diversas vezes.

 

Os accionistas do BPI voltam a reunir esta quarta-feira para aprovar a desblindagem de estatutos do banco (condição essencial para a OPA do CaixaBank avançar), sendo que as declarações de Tiago Violas deixam a entender que desta vez haverá uma decisão. O CaixaBank tinha também já avançado que o assunto teria que ficar resolvido nesta AG.

Numa nota enviada a clientes na sexta-feira, o banco Citigroup diz que o melhor cenário a que os accionistas do BPI podem aspirar, no momento actual, consiste em aceitar a oferta de 1,113 euros por título que o CaixaBank faz pelo BPI. O banco refere que a alternativa mais provável à não-aceitação – a desistência da oferta por parte do banco catalão, um cenário que foi há poucos dias levantado na imprensa espanhola – é menos apetitosa para os investidores.

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