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BPI: Fusão com o Popular pode render sinergias até 3,8 mil milhões

O banco espanhol está a considerar um processo de consolidação com outra instituição do sector em Espanha para resolver os seus problemas.

DR/Banco Popular
26 de Maio de 2017 às 00:01
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O Popular está à procura de noiva. Face às graves necessidades de capital que enfrenta e ao problema do malparado, o banco espanhol está a analisar possíveis cenários de consolidação com outra instituição do sector. E não tardaram a chegar manifestações de interesse de entidades como o Santander, o BBVA, o Bankia, ou o Sabadell. A concretizar-se a união com um destes bancos, o BPI antecipa sinergias que podem alcançar 3,8 mil milhões de euros.

Santander, BBVA, Bankia, Sabadell e CaixaBank são os bancos apontados pelos media espanhol como potenciais interessados no Popular. De acordo com as notícias divulgadas, estas instituições estarão a preparar ofertas pelo seu concorrente. E um negócio destes poderá, segundo os analistas do BPI, render poupanças de custos significativas a quem conseguir levar o Popular ao altar.

"Um negócio a envolver o Popular pode oferecer sinergias interessantes", escrevem os analistas Carlos Peixoto e Sofía Barallat Bourgeois, numa nota em que analisam o potencial impacto de uma eventual fusão no sector ibérico bancário. De acordo com os cálculos dos especialistas, um processo de consolidação com o Santander ou o BBVA deveria gerar poupanças totais de 4,7 mil milhões de euros, um valor ao qual teria de se subtrair 1,36 mil milhões de euros para custos de reestruturação. Tudo somado, as sinergias finais seriam de 3,8 mil milhões. Já uma fusão com o Sabadell poderia gerar poupanças de 2,6 mil milhões de euros e de 2,3 mil milhões, caso o Popular escolha o Bankia.

Apesar das mais-valias potenciais de uma fusão com outra instituição do sector, os especialistas apontam que "a capacidade dos accionistas do Popular para capturarem uma parte relevante destas sinergias pode ser afectada pelo défice de capital do banco e pressões regulatórias para uma rápida recapitalização através de uma venda ou aumento de capital".

A nova administração do Popular decidiu avançar com um processo que permita a sua integração noutro grupo como forma de resolver o problema do crédito malparado. Segundo o BPI, caso as suas previsões estejam correctas, o Popular precisará de assumir provisões de 2,4 mil milhões de euros.

Assumindo este valor, "os potenciais compradores precisariam de aumentar o capital em 4,9 a 5,3 mil milhões de euros para financiar a aquisição". Num cenário mais adverso, em que as necessidades de capital do Popular ascendam a 5,1 mil milhões – o pior cenário assumido pelo BPI – , BBVA e Santander teriam de levantar 7,7 mil milhões de euros. 

Estimamos potenciais sinergias de 2,3 mil milhões de euros a 3,8 mil milhões, mas a capacidade de os accionistas do Popular capturarem uma parte relevante destas sinergias pode ser afectada pela necessidade de capital do banco. BPI
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