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Bolsas europeias com maior valorização mensal em seis anos
As bolsas europeias registaram a maior valorização mensal desde Julho de 2009, avançando quase 8% no mês de Outubro. Beneficiando essencialmente dos ganhos acumulados ao longo do mês pelo sector automóvel e do "efeito Draghi".
Apesar te ter acabado a última sessão desta semana, e também do presente mês, a ceder ligeiros 0,06% para 375,47 pontos, o índice bolsista Stoxx 600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, registou a maior valorização mensal em mais de seis anos.
O Stoxx 600 apreciou 7,97% em Outubro, a melhor performance mensal desde que em Julho de 2009 acumulou uma valorização de 9,27%. Depois de ter terminado a sessão desta sexta-feira, 30 de Outubro, a ganhar 1,36%, o sector automóvel europeu acumulou uma valorização de 17,86% em Outubro, afirmando-se como o sector que mais apoiou o ganho mensal das bolsas do Velho Continente.
Esta valorização do sector automóvel acontece depois de em Setembro ter recuado mais de 11,5% na sequência do escândalo relacionado com a manipulação de testes sobre emissão de gases poluentes por parte da Volkswagen. A Volkswagen terminou a sessão de hoje a somar 0,83% para 109,30 euros.
Também em alta esteve a Renault que avançou 5,25% para 85,73 euros já depois de ter apresentado lucros e receitas trimestrais que superaram as estimativas dos analistas.
Nota ainda para a Fiat Chrysler que cresceu 1,21% para 13,42 euros no dia em que anunciou a retirada de 900 mil veículos do mercado devido a defeitos.
No entanto, também a apoiar o desempenho das bolsas europeias esteve aquilo que a agência Bloomberg designou de "efeito Draghi" e que se prende com as declarações proferidas na semana passada pelo responsável europeu de nacionalidade transalpina.
Em causa está a garantia dada pelo presidente do Banco Central Europeu (BCE) de que a autoridade monetária está disponível para avançar com novas medidas que apoiem o crescimento económico da Zona Euro. Draghi disse mesmo que estão a ser preparadas medidas que poderão em breve juntar-se ao programa de "quantitative easing" adoptado no início deste ano.
Nas praças europeias estiveram também em destaque instituições financeiras que apresentaram resultados. O BNP Paribas valorizou 1,77% para 55,26 euros após ter reportado lucros de 1,83 mil milhões de euros entre Julho e Setembro de 2015.
Já o BBVA cedeu 3,46% para 7,84 euros depois de ao início desta manhã ter anunciado que nos primeiros nove meses deste ano os lucros da instituição caíram 11,8% para 1,7 mil milhões de euros. Atenção ainda para o Royal Bank of Scotland que deslizou 0,97% para 317,60 pence após ter anunciado lucros de 952 milhões de libras (1,3 mil milhões de euros) no terceiro trimestre.