No saldo da semana, o PSI-20 avançou 0,84%, com 10 cotadas em alta e oito em queda, contrariando a tendência do Stoxx600, que teve um saldo negativo esta semana (-0,50%), depois de três semanas seguidas a valorizar.

A cotada que mais valorizou no acumulado dos últimos cinco dias foi a Pharol, na semana em que a Oi avançou com negociações exclusivas com o fundo do milionário russo Mikhail Fridman, cuja proposta visa injectar até 4 mil milhões de dólares caso a operadora avance com uma fusão com a TIM. As acções da empresa dispararam 13,95% no cômputo da semana.

Em segundo lugar entre as cotadas que mais ganharam esta semana (+5,50%) surge a EDP Renováveis, que apresentou na passada quarta-feira, 28 de Outubro, os seus resultados. A empresa aumentou os lucros de 52,9 milhões de euros para 99,6 milhões nos primeiros nove meses do ano. No dia seguinte, o Negócios noticiava que os cofres da EDP Renováveis vão ganhar mais 110 milhões de euros de receitas no próximo ano, sendo esta a expectativa da energética depois de concluída a divisão dos activos da Eneop - Eólicas de Portugal.

A semana não foi porém tão positiva para a EDP, cujos lucros – anunciados esta quinta-feira, 29 de Outubro – recuaram 4% até Setembro para 736 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. A pesar negativamente nas contas da energética esteve o aumento dos custos financeiros, a seca e a falta de vento em vários mercados e a apreciação do dólar. A semana – que começou com o anúncio de um parceria entre a energética e a Microsoft Portugal - terminou com a notícia de que a EDP espera inaugurar quatro novas barragens até ao final 2016. O saldo foi negativo para a cotada, que recuou 1,29%.

Ainda no sector energético, a Galp perdeu terreno no saldo dos últimos cinco dias 0,24%, apesar de a petrolífera ter anunciado, a 26 de Outubro, lucros de 490 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. Este valor representa uma subida de 107,63% face aos 236 milhões de euros registados entre Janeiro e Setembro de 2014. Ficou também a saber-se esta semana que a Galp chegou a acordo para explorar um bloco em São Tomé e Príncipe em conjunto com a Kosmos Energy e a Agência Nacional do Petróleo, e que o regulador espanhol deu deu luz verde à Endesa para comprar o negócio de gás natural da Galp em Espanha.

A REN, por sua vez, terminou a semana com um saldo negativo (-0,43%).

A semana foi mista no que toca ao sector bancário, com o Banif a subir 3,11% no saldo da semana, o BPI a recuar 1,34% e o BCP a cair 0,97%.

O recuo do BPI acontece numa semana em que o banco liderado por Fernando Ulrich alcançou lucros de 151 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, superando as estimativas. Já os resultados do banco liderado por Nuno Amado serão divulgados dia 2 de Novembro, sendo que o CaixaBI antecipa um lucro de 298,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que compara com o prejuízo de 98,3 milhões de euros, no período homólogo.

No sector do papel, a Portucel terminou a semana com um saldo positivo de 1,56%, isto depois de ter aumentado os lucros em 6,6% até Setembro para 141,9 milhões de euros. Também em terreno positivo ficou a Semapa, que valorizou 5,15%. A Altri, por seu turno, avançou 1,61% na semana em que o BPI reviu em alta a avaliação da empresa, para 5,40 euros, elegendo-a como uma das "melhores produtoras de pasta".

No sector do retalho, o balanço foi negativo. A Jerónimo Martins desvalorizou 0,51% apesar de - após as eleições na Polónia em que venceu o partido Lei e Justiça - os analistas terem dito que se vier a ser aplicado a todas as retalhistas, o novo imposto na Polónia não afectará a rendibilidade da Jerónimo Martins.

A Sonae caiu 3,29% apesar de os analistas do Caixa BI terem antecipado, a 29 de Outubro, um lucro de 130 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que representa uma subida de 37% face aos 95 milhões registados no mesmo período do ano passado.

A semana foi porém muito positiva para as cotadas do sector da construção que compõem o principal índice nacional. A Teixeira Duarte subiu 3,17%. A Mota-Engil valorizou no cômputo da semana 4,43%, numa altura em que a empresa ganhou uma concessão rodoviária na ilha de Aruba e anunciou que tem uma expectativa elevada de entrada no Reino Unido, onde está a analisar o mercado. Entretanto, o Haitong Bank considerou que a Mota-Engil tem de ser cautelosa na entrada em novos mercados.

Em terreno positivo ficaram também a Nos, que valorizou 2,15% esta semana, e os CTT, com uma subida de 2,68%. Do lado oposto encontra-se a Impresa, que recuou 2,52%.