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Bolsas europeias caem após sinais de abrandamento na Zona Euro

Depois de três dias a negociar em terreno positivo, as bolsas europeias estão em queda depois de o índice PMI ter mostrado que os sectores da indústria e dos serviços abrandaram na Zona Euro em Maio. O encontro desta quinta-feira dos líderes europeus em Riga também concentra as atenções dos investidores.

21 de Maio de 2015 às 11:48
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As principais praças europeias seguem a negociar em queda na sessão desta quinta-feira, 21 de Maio. Depois de três dias consecutivos a somar valorizações, o que lhe permitiu atingir o valor mais alto desde Abril, o índice Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas europeias, segue a recuar 0,11% para 405,98 pontos, acompanhado pelo espanhol Ibex, pelo francês CAC 40, pelo alemão DAX e pela praça italiana que também estão a negociar no vermelho.

 

A contribuir para a prestação do Stoxx 600 está o sector da banca europeia, que segue a perder 0,53% para 222,03 pontos. O Raiffeisen Bank International desvaloriza 1,96% para 15,015 euros depois de ter anunciado que os lucros no primeiro trimestre de 2015 caíram para metade. Também o Banca Monte dei Paschi recua 2,84% para 9,40 euros, após ter relevado que os investidores podem exercer os seus direitos para comprar novas acções do banco transalpino durante cerca de três semanas a contar a partir de 25 de Maio.

 

Ainda na banca, o Deutsche Bank desliza 0,47% para 29,55 euros e o Banco Santander desce 0,49% para 6,731 euros. 

 

O Stoxx 600 vinha negociando em alta depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado que vai acelerar a compra de activos já durante o presente mês de Maio e ao longo de Junho, tentando assim compensar o período de baixa liquidez tradicionalmente registado no Verão.

 

A contribuir para as perdas nas bolsas europeias está o abrandamento da indústria e dos serviços na Zona Euro. O índice composto de gestores de compras na produção (PMI), divulgado hoje pela Markit, que mede a evolução da actividade produtiva na Zona Euro, mostra que esta desacelerou em Maio, abrandando dos 53,9 verificados em Abril para os 53,4 pontos, valor que representa um mínimo de três meses. Também o sector dos serviços na Zona Euro abrandou de 54,1 pontos em Abril para 53,3 pontos em Maio, um mínimo de quatro meses.

 

Os investidores europeus também estarão atentos ao desenrolar do encontro dos líderes europeus, esta quinta-feira em Riga, capital da Letónia. A crise grega estará novamente em cima da mesa, sendo que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, já disse esperar poder recolher o apoio dos seus congéneres, nomeadamente da chanceler alemã Angela Merkel e do presidente gaulês François Hollande.

 

A Grécia assumiu entretanto que na actual situação de escassez financeira, poderá não conseguir fazer jus aos pagamentos agendados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ao longo do mês de Junho.

 

O ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, assegura que entre pagar ao FMI ou assegurar o pagamento de salários e pensões ao povo helénico, irá optar pela segunda opção, o que significaria a entrada da Grécia em incumprimento, uma situação ontem admitida por Wolfgang Schäuble, ministro alemão das Finanças.

 

Perante a situação crítica grega, o banco central helénico pediu ao BCE um novo aumento de 1,1 mil milhões de euros da linha de liquidez de emergência (ELA) para a banca grega, mas a autoridade monetária europeia acedeu a um aumento de somente 200 milhões de euros.

 

Esta quarta-feira ao final do dia, a Reserva Federal divulgou as minutas relativas ao encontro mensal de Abril, com os governadores da Fed a revelarem não pretender elevar a taxa de juro directora em Junho por considerarem que o nível de robustez da recuperação da economia norte-americana ainda não é o adequado. 

 

Ainda entre as cotadas europeias, destaque para a Altice que depois de ontem ter valorizado mais de 11%, numa sessão em que chegou a disparar mais de 12% na sequência da compra empresa norte-americana de serviços por cabo Suddenlink Communications, por 9,1 mil milhões de dólares (8,1 mil milhões de euros), segue agora a valorizar 0,85% para 130,10 euros.

 

(Notícia actualizada às 11h59 com mais cotações)

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