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Bolsas europeias caem 3% para mínimos de Agosto
As bolsas europeias estão a negociar no valor mais baixo desde o "crash" de Agosto na China. O sector automóvel é o que mais pressiona, devido às suspeitas de que a Renault possa estar envolvida em fraude relacionada com testes de emissões.
É mais uma sessão negra para as bolsas europeias, depois de uma entrada com o pé esquerdo em 2016.
As bolsas do Velho Continente descem mais de 3% esta quinta-feira, 14 de Janeiro, depois de, já ontem, os índices norte-americanos terem encerrado a cair mais de 2%. Isto numa altura em que o abrandamento da economia chinesa continua a penalizar as perspectivas de crescimento global e os preços do petróleo atingem novos mínimos.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desvaloriza 2,95% para 334,45 pontos, depois de ter tocado nos 333,26 pontos, o valor mais baixo desde Agosto de 2015, um mês em que as intervenções das autoridades chinesas no mercado cambial e a deterioração das estimativas de crescimento da economia penalizaram fortemente os mercados mundiais.
Este período teve uma réplica quase perfeita no início deste ano, em que os receios em torno da China afastaram os investidores dos mercados accionistas e afundaram os preços das matérias-primas.
Nesta altura, a liderar as perdas na Europa está o principal índice grego, que desce 3,42%, seguido pelo português PSI-20. O Dax alemão cai 3,03%, o francês CAC40 perde 3% e o londrino Footsie recua 1,97%.
Em termos sectoriais, o automóvel é o que mais pressiona, com uma descida superior a 6%. As empresas deste sector estão a ser arrastadas pela Renault, que afunda 20% - a maior queda em 17 anos – depois de um sindicato ter confirmado que as autoridades francesas fizeram buscas às instalações da empresa, alegadamente no âmbito de uma investigação relacionada com testes de emissões.
Dos Estados Unidos também chegaram sinais de alerta na quarta-feira com o presidente da Fed de Boston a afirmar que a deterioração das estimativas de crescimento da economia norte-americana pode comprometer o ritmo de subida dos juros no país.
Para Eric Rosengren, o facto de haver vários importantes parceiros comerciais dos Estados Unidos a viver numa conjuntura económica adversa poderá penalizar a economia norte-americana.