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Bolsas dos EUA sobem depois de quatro dias em queda
Os principais índices bolsistas dos EUA fecharam a sessão a valorizar, beneficiando das vendas a retalho que superaram as estimativas, e depois de quatro dias seguidos de quedas do índice Standard & Poor’s 500. Os investidores aguardam agora com expectativa a divulgação das minutas da última reunião da Fed, que poderão dar sinais de um possível corte dos estímulos por parte da Reserva Federal.
O Dow Jones recuou 0,05% para 15.003,52 pontos, o Nasdaq cresceu 0,68% para 3.613,59 pontos e o Standard & Poor’s 500 apreciou 0,40% para 1.652,52 pontos.
As vendas a retalho das lojas criadas há menos de um ano aumentaram 0,2%, em Agosto, face ao mês anterior, e as vendas de lojas abertas há pelo menos um ano subiram 3,4%, por comparação com o ano anterior.
“Tivemos ganhos no retalho muito bons, o que mostra que o consumo não está morto e que as coisas correm na direcção certa”, afirmou Frank Ingarra, negociador da Greenwich. “Toda a gente ainda está focada nos cortes da Fed. Continuamos cautelosamente em alta com grande exposição às acções”, disse à Bloomberg.
O Standard & Poor’s 500 perdeu 2,9% nas últimas quatro sessões, a mais longa série de quedas desde o início do ano, com a especulação de que a Fed deverá mesmo diminuir os estímulos à economia. O Banco Central vai divulgar esta quarta-feira as minutas da reunião do final do mês de Julho.
Os investidores vão, a partir de amanhã, poder escrutinar o que foi dito pelos legisladores, e que possa indicar quando é que a compra de activos no valor de 85 mil milhões de dólares mensais será diminuída.
Esta semana os responsáveis da Fed vão reunir-se no Wyoming para discutir a política monetária, sendo que 65% dos economistas acredita que a diminuição dos estímulos vai começar em Setembro, para valores em torno dos 75 mil milhões de dólares.
Ainda assim, os índices americanos seguem com ganhos próximos dos 16% desde o início do ano.
Recorde-se que quando em Maio o presidente da Fed, Ben Bernanke, aludiu à possibilidade de a Reserva Federal poder em breve começar a retirar os incentivos económicos no âmbito da terceira ronda de “flexibilização quantitativa” (QE3) - que se tem traduzido na compra mensal de dívida no valor de 85 mil milhões de dólares -, as bolsas reagiram em queda.
No início de Julho, Bernanke demonstrou um apoio mais declarado aos estímulos à economia, pelo que Wall Street esteve em alta, com o Dow Jones e o S&P500 a marcarem sucessivos recordes de fecho.