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Bolsas europeias disparam para máximos de nove meses

A transição de poder nos EUA, para a Administração Biden, e as vacinas promissoras contra a covid-19, aliadas a uma redução dos casos diários de novas infeções em França, o que deixa antever uma flexibilização das medidas de confinamento, trouxeram euforia ao Velho Continente.

24 de Novembro de 2020 às 18:04
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As bolsas europeias negociaram em máximos de finais de fevereiro, com a possível diminuição das restrições em França a contribuir para o otimismo num contexto em que as várias vacinas promissoras de combate ao coronavírus estão a trazer euforia aos mercados. Os casos diários de covid-19 estão perto de mínimos de dois meses em França (desde 28 de setembro), o que animou os investidores.

 

Também a viabilização da transição do poder, nos EUA, para Joe Biden, estimulou os intervenientes das bolsas, que revelaram maior apetite pelo risco.

 

"O sentimento de mercado ganhou novo impulso depois de a Administração dos Serviços Gerais (ASG) dos EUA ter removido alguma incerteza, ao ter reconhecido a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais", referiu Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.

 

"À medida que os investidores no mundo inteiro estavam já a negociar com base no progresso das vacinas e em dados macro positivos, o anúncio da ASG permitiu que olhassem para o futuro, abrindo apostas para que a administração Biden melhore as relações comerciais com parceiros importantes, como a China", sublinhou.

 

O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou a somar 0,83% para 392,05, máximos de 26 de fevereiro, sustentado sobretudo pelas ações ligadas ao petróleo e às viagens – setores que ganham com a perspetiva de uma flexibilização dos confinamentos.

 

O Stoxx 600 está a caminho de ganhos mensais recorde, ao passo que o índice alemão Dax já eclipsou as perdas anuais devido ao otimismo dos investidores quanto ao desenvolvimento de vacinas contra a covid-19.

 

A energia subiu, agregadamente, 4,7%, ao passo que a banca disparou 4,3% e o setor mineiro avançou 4,2%.

 

O Dax, que encerou a subir 1,3%, anunciou esta manhã que o índice vai levar a cabo a maior transformação desde que foi criado, em 1988, alargando o número de membros de 30 para 40 e impondo novos critérios tanto aos integrantes atuais como aos futuros.

 

Já o índice francês CAC-40 valorizou 1,2%, o italiano FTSEMIB avançou, 2%, o britânico FTSE subiu 1,6% e o espanhol IBEX 35 pulou 2%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 1%.

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