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Bolsas americanas disparam para recordes com estímulos no horizonte
As principais praças do outro lado do Atlântico fecharam em terreno positivo, a marcarem novos máximos históricos, com o fraco número de contratações no país em novembro a reforçar a expectativa de que será aprovado um novo pacote alargado de estímulos à economia.
O Dow Jones encerrou a somar 0,83%, para os 30.218,26 pontos, que foi simultaneamente um recorde de fecho e um novo máximo histórico.
Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 terminou com um avanço de 0,88% para 3.699,12 pontos, e na negociação intradiária tocou num máximo de sempre, nos 3.699,20 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,70% para 12.464,23 pontos, que foi ao mesmo tempo um recorde de fecho e de sempre.
As cotadas de menor capitalização também estiveram em destaque pela positiva, com o índice Russell 2000 a subir 2,28% para 1.890,79 pontos e a atingir também o valor mais alto de sempre durante o dia, nos 1.89208 pontos.
Hoje foram divulgados os dados do mercado laboral em novembro, que ficaram aquém do esperado. No mês passado houve um incremento de apenas 245.000 postos de trabalho, numa base sasonalmente ajustada, quando as expectativas apontavam para 481.000, o que mostra que o motor do emprego está a desacelerar.
Já a taxa de desemprego desceu para 6,7%, contra 6,9% em outubro. Os analistas esperavam que tivesse caído para 6,8%. Mas a economia está ainda com menos 9,8 milhões de empregos desde fevereiro – que foi quando começou a crise pandémica.
Perante este cenário, cresceu a expectativa junto dos investidores de que serão aprovados mais estímulos à economia dos Estados Unidos, numa altura em que democratas e republicanos se alinham para tentarem aprovar um novo pacote de ajuda – que terá de passar no Congresso e depois na Casa Branca.
Os congressistas norte-americanos não conseguiram ainda acordar um novo pacote de alívio, mas há sinais de que a proposta bipartidária no valor de 908 mil milhões de dólares está a conquistar apoios na plataforma de negociação.
"Os investidores parecem estar a apostar que o menor número de contratações irá pressionar adicionalmente a Administração Trump e o Congresso no sentido de aprovarem mais estímulos antes de Joe Biden tomar posse no próximo mês", sublinha a CNN Business.
Apesar das expectativas em torno das vacinas contra a covid-19, que permitirão uma reabertura gradual da economia quando tiver início o processo de vacinação, os estímulos continuam a ser muito importantes para ajudar os EUA a recuperarem da sua maior contração em décadas.