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Bolsa sobe quase 1,5% com EDP em destaque
O PSI-20 acompanhou os ganhos em torno de 1% registados pelos congéneres europeus, que foram animados pelas declarações da nova presidente da Fed. A eléctrica nacional foi determinante para a tendência ao subir mais de 3,5%.
O principal índice da bolsa nacional apreciou 1,34% para os 7.014,25 pontos com 17 cotadas em alta e três em queda. Lisboa seguiu, assim, a tendência das principais praças europeias, que subiram cerca de 1% depois da divulgação do primeiro discurso de Janet Yellen à frente da Reserva Federal (Fed) dos EUA. O banco central vai manter o programa de estímulos até que o "mercado laboral melhore de forma sustentável". A política monetária continuará altamente acomodatícia por um longo período de tempo. No primeiro testemunho como presidente da Reserva Federal, Janet Yellen centrou as suas atenções no mercado de trabalho e na instabilidade que se vive nos mercados emergentes.
Por cá, a EDP foi o título que mais impulsionou. A eléctrica subiu 3,64% para os 2,907 euros, tocando máximos de início de 2011. Recorde-se que ontem a Iberdola revelou que reduziu a sua posição no capital da EDP, tendo actualmente menos de 5% da eléctrica. Contudo já assinou derivados que têm como objectivo vender mais 2,9% da eléctrica e está “disponível” para vender as restantes acções.
A eléctrica acordou, também ontem, a venda de uma nova tranche de 138 milhões de euros do défice de 2013.
No restante sector, a Galp Energia somou 0,75% para os 11,365 euros enquanto a EDP Renováveis avançou 1,64% para os 4,401 euros.
O sector das telecomunicações também contribuiu para a subida do PSI-20 à excepção da Portugal Telecom que caiu 0,47% para os 3,374 euros. Já a Zon Optimus e Sonaecom avançaram 2,37% para os 5,22 euros e 2,67% para os 2,50 euros, respectivamente.
A contribuir para a tendência positiva do PSI-20 estiveram ainda as cotadas do sector financeiro. O BCP ganhou 1,45% para 0,1893 euros, o BES subiu 1,98% para 1,187 euros e o BPI avançou 0,58% para 1,566 euros. Isto no dia em que Portugal emitiu 3 mil milhões de euros, numa emissão a 10 anos que atraiu uma procura próxima de 9 mil milhões de euros. O preço definitivo é de 320 pontos-base acima das taxas de referência do euro, o que traduz uma "yield" final de 5,112%.
No retalho, a Jerónimo Martins ganhou 0,41% para 13,315 euros e a Sonae somou 0,08% para 1,241 euros.