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Bolsa regista maior queda em oito sessões

As acções dos CTT, EDP e Galp Energia foram as que mais pressionaram o PSI-20, numa sessão em que a Pharol renovou mínimos históricos e o BPI distanciou-se ainda mais do preço da OPA do CaixaBank. A Mota-Engil afundou mais de 5%.

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23 de Maio de 2016 às 16:47
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A bolsa nacional fechou em terreno negativo, em linha com as praças europeias, que foram penalizadas pelas construtoras automóveis e pelas produtoras de matérias-primas, devido à queda do preço do petróleo.

 

O PSI-20 fechou a cair 0,84% para 4.830,2 pontos, com nove cotadas em alta, oito em queda e uma sem variação. O índice português registou a maior queda das últimas oito sessões.

Nas praças europeias o dia também foi negativo, com as acções a serem arrastadas pelas fabricantes de automóveis, depois da Fiat ter sido acusada de também ter manipulado testes de emissões poluentes. As produtoras de petróleo foram castigadas pela desvalorização do preço do petróleo, com o Brent em Londres a desvalorizar 1,05% para 48,21 dólares.

 

A OPA de 62 mil milhões de dólares da Bayer sobre a Monsanto também condicionou a sessão, já que a empresa alemã desvalorizou mais de 3% depois de ter lançado a oferta.

 

Em Lisboa foram as acções dos CTT que mais pressionaram o PSI-20, já que os títulos passaram a negociar sem direito ao dividendo de 47 cêntimos. As acções desceram 3,94% para 7,876 euros.

 

A EDP foi a segunda cotada que mais pressionou o PSI-20, com uma queda de 2,03% para 2,843 euros. A Galp Energia, pressionada pela queda do petróleo, caiu 1,31% para 11,64 euros, depois de a Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência espanhola ter sancionado a empresa portuguesa por violar o direito à livre escolha de fornecedor de electricidade e gás.

 

A Mota-Engil liderou as quedas no PSI-20, com uma desvalorização de 5,28% para 1,58 euros. O CaixaBI estima que a construtora terá fechado o primeiro trimestre deste ano com um resultado líquido de 101 milhões de euros, o que compara com os 3 milhões de euros apurados no mesmo período do ano passado. Os números serão divulgados antes da abertura da sessão de terça-feira.

 

A Jerónimo Martins caiu 1,27% para 13,995 euros. Os analistas do Haitong mantiveram o preço-alvo e a recomendação de "comprar" para as acções da retalhista, com o recente pagamento do dividendo a anular o efeito positivo do crescimento das vendas da Biedronka.

 

A Pharol fechou o dia a ganhar 0,81% para 0,125 euros, mas durante a sessão atingiu um novo mínimo histórico nos 0,122 euros. Também a limitar as perdas no PSI-20, a Navigator avançou 2,32% para 2,74 euros e a Nos ganhou 0,23% para 6,523 euros.

 

No sector financeiro a tendência foi divergente, com o BCP a cair 1,56% para 0,0315 euros e o Banco BPI a valorizar 2,29% para 1,162 euros, cada vez mais acima do preço da OPA do CaixaBank (1,113 euros).  

  

(notícia actualizada às 17:00 com mais informação)

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