A bolsa portuguesa voltou a fechar em terreno negativo, com o PSI-20 a marcar a perda mais acentuada entre as praças europeias, numa sessão que foi mais curta que o habitual devido ao facto de ser véspera de Natal e que fica marcada pela ausência dos investidores. Nas praças europeias o dia foi também de escassa movimentação e de quedas ligeiras.

O índice da bolsa portuguesa fechou a cair 0,76% para 4.921,26 pontos, com 13 em queda, quatro em alta e uma sem variação. A descida na sessão de hoje elevou a perda acumulada no ano para 25%.

A negociação encerrou às 13h00 (hora de Lisboa) e a bolsa portuguesa só volta a abrir a 29 de Dezembro, segunda-feira. Em cinco horas de negociação, o volume negociado foi de apenas 14 milhões, o que representa a liquidez mais baixa desde o Natal de 2012. A média diária dos últimos seis meses é de 136 milhões de euros, pelo que a liquidez na sessão de hoje correspondeu a um décimo de uma sessão normal.

Na sessão desta quarta-feira o PSI-20 foi pressionado por várias cotadas com maior peso no índice. Foi o caso da Portugal Telecom, que cedeu 1,19% para 0,994 euros. As acções da empresa chegaram a ceder mais de 3%, depois da Terra Peregrin, de Isabel dos Santos, ter anunciado que não vai avançar com uma oferta pública de aquisição sobre a PT SGPS.

A Jerónimo Martins foi das cotadas que mais pressionou o índice, com uma queda de 2,31% para 8,286 euros. As vendas de bens alimentarem cresceram 3,4% em Novembro, na Polónia, "mas os fundamentais da indústria estão a deteriorar-se com o índice a registar um crescimento de 3,4% face ao de 5,5% em Outubro", diz a unidade de "research" do BPI, assinalando que "a deflação continua a piorar".

A Galp Energia cedeu 1% para 8,801 euros em nova sessão de quedas nas cotações do petróleo, com o barril de brent em Londres a cair 2,64% para negociar de novo abaixo dos 60 dólares por barril. Em Nova Iorque o WTI cai 2,4% para 55,75 euros.

A banca também fechou em terreno negativo. O BCP perdeu 0,69% para os 7,15 cêntimos ao passo que o BPI cedeu 1,61% para 1,042 euros depois de a S&P ter revisto em baixa a perspectiva da sua classificação de risco de positiva para estável.