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Bolsa nacional inverte tendência positiva pressionada pela Galp e EDP

A bolsa nacional inverteu a tendência de subida registada no início desta quarta-feira, algo que também aconteceu nas restantes congéneres europeias, e segue agora a perder 0,17%, com o sector energético a ser aquele que mais pressiona o índice.

17 de Julho de 2013 às 11:33
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O PSI-20 recua 0,17%, para 5.415 pontos, com 10 acções em queda, sete em alta e três inalteradas. Na Europa o sentimento é agora igualmente negativo, com os índices do Velho Continente a regressarem a prolongarem as perdas, depois de ontem terem fechado em queda.

 

Os investidores mundiais estão com os olhos postos no discurso que Ben Bernanke fará hoje no Congresso americano, aguardando as palavras do presidente da Reserva Federal dos EUA em relação à política de estímulos no país. O discurso está agendado para as 15h00 (hora de Lisboa).

 

Em Lisboa, o PSI-20 está a interromper aquela que poderia ser a terceira sessão de ganhos, numa semana em que as atenções a nível doméstico continuam na crise política que teve início no princípio do mês. PS, PSD e CDS tentam fechar até domingo o compromisso de salvação nacional pedido pelo Presidente da República.

 

A pressionar as negociações está a emissão de dívida desta quarta-feira, onde o Tesouro português obteve a totalidade dos 1.500 milhões de euros pretendidos num leilão duplo de bilhetes, o primeiro desde que estalou a crise política no País. Os juros na emissão a 12 meses subiram de 1,23% para 1,72%. O Estado financiou-se em 1.200 milhões através da emissão de bilhetes do Tesouro a 12 meses e mais 300 milhões a um prazo a rondar os cinco meses.

 

Na bolsa, e a liderar as perdas, está o sector energético com a Galp Energia e a EDP a recuarem, respectivamente, 1,28% e 0,46% para 11,605 euros e 2,40 euros. Ontem, terça-feira, a Fitch avisou que poderá cortar o “rating” da EDP, devido a novas regras no mercado eléctrico espanhol.

 

Destaque ainda para o Banif. O banco liderado por Jorge Tomé, que tem estado sob forte pressão, devido ao aumento de capital que está a realizar e que termina amanhã, está a disparar 19,51%, para 4,9 cêntimos, tendo já valorizado um máximo de 26,83%.

 

No resto da banca a tendência é mista. O Banco Comercial Português e o ESFG negoceiam inalterados nos 0,088 euros e 5,20 euros, respectivamente. O BES recua 0,5% para 0,592 euros, tal como o BPI que perde 0,57% para 0,874 euros.

 

O BPI reembolsou mais 80 milhões de euros de CoCo’s (obrigações subordinadas de capital contingente) ao Estado, reduzindo os fundos públicos injectados na instituição para 920 milhões de euros. Este valor fica abaixo dos 100 milhões de euros anunciados na apresentação dos resultados do primeiro trimestre e é a quarta vez que a entidade antecipa o pagamento ao Estado.   

 

A impedir maiores quedas do índice está o sector das telecomunicações, com a Zon Multimédia a subir 3,51%, para 3,83 euros, enquanto a Portugal Telecom avança 0,58%, para 2,796 euros, depois de no início da semana ter tocado em mínimos de 1996. A Sonaecom recua 0,28% para 0,708 euros.

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