A Bolsa nacional encerrou hoje a perder, no dia em que o PSI20 atingiu o nível mais baixo desde Outubro de 1998, arrastado pelas desvalorizações da Portugal Telecom (PT) [PLTM], Banco Comercial Português (BCP) [BCP] e Electricidade de Portugal (EDP) [EDP]. O PSI20 [PSI20] recuou 2,62% e o PSI30 [PSI30] caiu 2,46%.

O principal índice da praça nacional, o PSI20, fechou nos 8.269,87 pontos, depois de ter chegado a atingir os 8.239,96 pontos durante a sessão. O PSI30 terminou o dia nos 3.822,51 pontos, numa altura em que o Euro Stoxx 50, que reúne as 50 maiores empresas europeias em termos de capitalização bolsista, recuava 1% para os 4.033,09 pontos.

A PT desvalorizou 3,06% para os 7,92 euros (1.588 escudos), no dia em que atingiu um novo mínimo das últimas 52 semanas, ao transaccionar nos 7,82 euros (1.568 escudos). A PT Multimédia (PTM) [PTM] suplantou a queda da «casa mãe», ao descer 4,76% para os 15 euros (3.007 escudos), enquanto a PTM.com [PTD] caiu 2,67% para os 3,65 euros (732 escudos).

O BCP perdeu 2,93% para os 4,30 euros (862 escudos) e o BPI recuou 5,35% para os 2,83 euros (567 escudos), depois destes dois títulos terem atingido novos mínimos anuais, nos 4,27 euros (856 escudos) e nos 2,82 euros (565 escudos), respectivamente.

A EDP desceu 1,37% para os 2,89 euros (579 escudos), num dia em que liderou a liquidez da Bolsa nacional, com mais de 9,3 milhões de títulos negociados, tendo sido transaccionado um bloco único de 3,68 milhões de acções no último minuto da sessão, depois da negociação de vários lotes na ordem dos cem mil títulos ao longo do dia.

A concessionária de auto-estradas Brisa [BRISA] deslizou 4% para os 9,60 euros (1.925 escudos) e a cimenteira Cimpor [CIMP] caiu 3,31% para os 23,11 euros (4.633 escudos), com estes dois títulos a agudizarem as quebras verificadas a meio da sessão.

A Modelo Continente [MCON], maior distribuidora nacional, desvalorizou 4,55% para os 1,47 euros (295 escudos), depois de atingir um novo mínimo nos 1,42 euros (285 escudos), com este papel a ser prejudicado pela sua exposição ao mercado brasileiro, que enfrenta os efeitos da crise energética que assola o país e da desvalorização do real nos mercados cambiais.

Entre as restantes empresas nacionais com interesses no Brasil contam-se a PT, a EDP, a Brisa, entre outras, com estes a serem dos títulos mais penalizados durante a sessão de hoje.

No grupo liderado por Belmiro de Azevedo, a Sonae SGPS [SON] recuou 3,23% para os 0,90 euros (180 escudos), enquanto a «dotcom» [SONC] evoluiu em sentido contrário, ao ganhar 0,3% para os 3,39 euros (679 escudos).

A distribuidora Jerónimo Martins [JMAR] contrariou a tendência do mercado, ao crescer 1,3% para terminar nos 7,80 euros (1.564 escudos).

Em Madrid, o IBEX [IBEX] perdeu 3,25% para os 9.058,70 pontos, com a praça espanhola a ser a que mais caiu na Europa, secundada pela Bolsa nacional. As acções do país vizinho reflectiram também a exposição de algumas das maiores empresas espanholas, como a Telefónica ou o Banco Santander Central Hispano (BSCH) ao mercado sul-americano.