A bolsa nacional registou esta semana uma queda de 5,51%, a mais forte desde a semana terminada a 18 de Maio de 2012, onde caiu 8,07%. Também somou a sexta semana de quedas consecutivas, algo que já não se registava desde Outubro de 2011.

A semana ficou marcada pelo bom início, até terça-feira, com o índice a valorizar pelo terceiro dia consecutivo (algo que ainda só aconteceu uma vez este mês), mas a cair abruptamente a partir de quarta-feira, com especial incidência para o BES, Altri, PT e BCP. Na Europa, a semana também foi de perdas, com o Stoxx Europe 600 a recuar 3,69%.

Depois do presidente da Reserva Federal ter admitido que o programa de estímulos poderá começar a ser “moderado” no final do ano, sublinhando que a política da Fed não está “pré-determinada” e qualquer decisão irá depender da evolução da economia, o índice nacional caiu a pique.

“Se as previsões da Fed estiverem correctas, e eu acredito que estão, então o Comité [de Operações em Mercado Aberto] deverá abrandar a compra de activos no final de 2013”, disse Ben Bernanke na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de dois dias do Comité de Operações em Mercado Aberto (FOMC).

O banco liderado por Ricardo Salgado, o BES, registou uma queda semanal de 13,3%, ao passo que a Altri depreciou 9,33%. A Portugal Telecom e o BCP recuaram 7,30 e 7,07%, respectivamente.

Apenas a Zon terminou a semana em terreno positivo, a avançar 0,56%, depois de ter estado a somar ganhos semanais de 9,47%, beneficiando do interesse da Vodafone na maior operadora de cabo alemã. A valorização da empresa foi menos expressiva graças à queda da sessão de sexta-feira, devido à notícia do "Diário Económico", que dá conta de que a Autoridade da Concorrência vai avançar para uma investigação aprofundada na fusão da Zon com a Optimus, operadora da Sonaecom.

A Mota-Engil, que chegou a estar em máximos de Maio de 2010, depois de anunciar que ganhou a adjudicação de várias obras em diversos países africanos, que adicionam 500 milhões de euros à sua carteira de encomendas no continente, finalizou a semana a recuar 1,09%.

PT em mínimos de 96

Na quarta-feira, os títulos da PT marcaram uma forte desvalorização, tocando no valor mais baixo desde Junho de 1996, descontando os dividendos que foram sendo distribuídos. Desde a ida de Zeinal Bava para a Oi, a PT já registou perdas de 8,35%.

Fora do PSI-20, o destaque da semana foi a Teixeira Duarte. A construtora subiu 25,93% na quarta-feira, tendo terminado a semana a avançar 9,26%, depois da empresa ter ganho uma obra de 4.787 milhões de dólares (3.588 milhões de euros) na Venezuela.