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Bolsa nacional caiu quase 2,5% com 17 cotadas no vermelho

A praça lisboeta encerrou a ceder perto de 2,5% num dia de perdas generalizadas também na Europa. Com apenas uma cotada a escapar às perdas, a Jerónimo Martins e a Galp Energia foram as que mais pressionaram a bolsa nacional.

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22 de Setembro de 2015 às 16:45
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O PSI-20 terminou a sessão bolsista desta terça-feira, 22 de Setembro, a recuar 2,40% para 5.011,14 pontos, com 17 cotadas a negociar em queda e uma inalterada. O principal índice nacional seguiu o sentimento que marcou a negociação nas restantes praças europeias num dia de perdas determinadas pelo sector automóvel do Velho Continente.

 

À hora de fecho da bolsa nacional, o Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas europeias, seguia a deslizar 2,99% para 347,12 pontos, pressionado pelo sector automóvel que seguia a cair mais de 7% num dia em que já chegou a descer 8,83%, registando assim a maior queda desde 2011 para transaccionar em mínimos de 18 de Novembro de 2014.

 

A contribuir para esta situação continuam as fortes perdas registadas pelos títulos da Volkswagen depois de confirmada a manipulação de testes relativos ao impacto ambiental. A marca alemã recorreu a um dispositivo para manipular os resultados em testes de impacto ambiental em 11 milhões de veículos. Os títulos da fabricante de automóveis terminaram a sessão de hoje a afundar 19,82% para 106,00 euros.

 

No plano nacional, a Jerónimo Martins e a Galp Energia foram as cotadas que mais penalizaram o PSI-20. A Jerónimo Martins caiu 3,29% para 11,89 euros e a Galp desceu 3,00% para 8,861 euros, no dia em que descontou o dividendo intercalar de 20,736 cêntimos. A petrolífera nacional seguiu a tendência de queda do preço do barril de petróleo nos mercados internacionais. 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, está agora a descer 2,27% para 47,81 dólares por barril, e em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) cai 2,85% para 45,35 dólares.

 
De regresso ao sector do retalho, a Sonae deslizou 3,35% para 1,068 euros.

A banca nacional também fechou em queda, no dia em que a agência de notação Standard & Poor’s (S&P) alterou o "outlook" do BCP de "estável" para "positivo" tendo, porém, mantido o rating em "B+" (quarto nível de lixo". A S&P não procedeu a nenhuma alteração relativamente ao BPI, tendo mantido a classificação do banco liderado por Fernando Ulrich em "B-" e a perspectiva em "negativa", o que parece indiciar que a agência poderá decidir cortar a notação do banco.

 

O BCP desvalorizou 2,60% para 0,0487 euros e o Banif recuou 2,50% para 0,0039 euros. Já o BPI perdeu 4,31% para 0,91 euros no dia em que o presidente da comissão executiva do Banco de Fomento Angola (BFA), filial angolana do BPI, desvalorizou uma eventual saída do banco português do seu capital social.

 

O dia foi também negativo para o grupo EDP. A EDP deslizou 2,23% para 3,029 euros, num dia em que António Mexia, líder da cotada, reiterou que a empresa que lidera tem "uma posição estrutural" no Brasil. Já a EDP Renováveis desceu os mesmos 2,23% para 5,843 euros.

 

Também o sector do papel foi pintado de vermelho. A Altri caiu 4,03% para 3,616 euros, a Semapa cedeu 5,70% para 11,175 euros, e a Portucel recuou 2,22% para 3,084 euros, numa altura em que Diogo Silveira, CEO da empresa, garantiu que continuará a dialogar com as autoridades norte-americanas acerca do imposto de quase 30% sobre as vendas para os Estados Unidos.

 

Os CTT contrariaram a tendência tendo fechado inalterados nos 10,11 euros.


(Notícia actualizada às 16h53)

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