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Bolsa grega negoceia com restrições. Bancos perdem 30%
Os bancos gregos estão a ser os mais castigados no regresso à negociação da bolsa de Atenas, tendo já desvalorizado o máximo permitido numa única sessão. Os operadores dizem que "é um desastre total" e o CEO da bolsa considera normal.
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O dia está a ser atípico na bolsa de Atenas. O mercado regressou à negociação, após cinco semanas encerrado, mas está a ser afectado pelas restrições impostas pelo Ministério das Finanças, pelo controlo de capitais e pelas sucessivas suspensões devido às fortes quedas.
"A situação no mercado de acções grego ainda vai piorar antes de melhorar", disse à agência Bloomberg o analista Luca Paolini da Asset Management. Também o gestor de activos Stavros Kallinos acredita que as acções vão continuar a cair nos próximos dias. Por agora, conta à Bloomberg, "é um desastre total". "Não é possível ter um mercado a funcionar correctamente com o controlo de capitais. Vai ser um processo gradual."
No primeiro dia de negociação, após cinco semanas encerrada, a bolsa grega iniciou o dia a cair 22,63%. O principal índice da Bolsa de Atenas segue agora a perder 17,17%.
O índice que reúne os principais bancos gregos perde 29,92%. O Alpha Bank cai 29,81% para 22,6 cêntimos, o Piraeus Bank recua 30% para 28 cêntimos, o Eurobank recua 29,86% para 10,1 cêntimos e o National Bank of Greece desvaloriza 30% para 84 cêntimos.
As regras da bolsa de Atenas impedem que uma acção desvalorize mais de 30% numa única sessão, daí que por hoje as quedas no sector bancário vão ficar por aqui.
Socrates Lazaridis, CEO da Bolsa de Atenas, disse à Bloomberg que é normal esta queda acentuada das acções depois das negociações terem estado suspensas durante cinco semanas.
Foram impostas várias restrições à negociação na reabertura da bolsa grega, que segundo o CEO da bolsa deverão estar em vigor durante um mês.
Os investidores gregos não podem recorrer a dinheiro de depósitos para comprar acções, obrigações e outros títulos. Uma limitação que visa impedir os gregos de utilizarem a bolsa para retirar o seu dinheiro dos bancos. Os gregos podem utilizar dinheiro que esteja no exterior para aplicar na bolsa do país, sendo que aos investidores estrangeiros não foi imposta qualquer limitação.