Notícia
Bolsa e real disparam com chamada de Lula à justiça (act.)
A moeda e as acções experimentam a segunda forte valorização consecutiva, numa altura em que as suspeitas de corrupção atingem figuras relevantes do PT, partido no poder no Brasil.
As negociações na praça accionista brasileira arrancaram esta sexta-feira em alta, no dia em que o ex-Presidente Lula da Silva foi levado pela Polícia Federal a prestar declarações por suspeitas de envolvimento no caso de corrupção Lava Jato. A moeda brasileira também reage com forte apreciação ao apertar do cerco em torno do coração do PT, o partido no poder no Brasil.
Às 13:26, o índice Ibovespa valorizava 5.97% para 50.010,43 pontos, depois de já esta quinta-feira notícias sobre denúncias em relação ao envolvimento de responsáveis do PT no caso judicial ter levado as acções a fechar a negociação com um disparo de 5,12%.
Esta é a quinta sessão consecutiva de ganhos para os títulos em São Paulo, que estão em máximos de Agosto de 2015. Entre as acções que mais somam estão a Petrobras, companhia que está no centro do escândalo de corrupção – já estiveram a disparar quase 20%. Outros títulos do sector industrial e mineiro e também da área financeira também experimentam altas relevantes.
A Oi – de que a Pharol é principal accionista – avança 9,92% para 1,44 reais, mas o avanço não tem reflexo nas cotações da portuguesa deste lado do Atlântico: cai 0,62% para novo mínimo histórico de 16 cêntimos.
Também o real prova apreciações face à nota verde – no caso de 5,44% para 4,19 dólares -, valor que o coloca em máximos de três meses. Mas, ao longo da sessão, também chegou a tocar o valor mais elevado desde Agosto do ano passado (mais de seis meses).
O ex-presidente brasileiro Lula da Silva foi na manhã desta sexta-feira levado de sua casa em São Paulo para depor em tribunal no âmbito da nova fase da operação Lava Jato, denominada Aletheia, que visa apurar se o ex-presidente foi beneficiado por empresas da área da construção civil. A operação compreende ainda buscas em sua casa e nos escritórios do filho.
(notícia actualizada às 13:50 com mais informação)