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Bolsa cai mais de 1,5% com a banca a deslizar
A bolsa já aprofundou a tendência de queda, e segue a descer mais de 1,5%, numa altura em que o vermelho impera em toda a Europa. A banca é o sector que mais se destaca, numa altura em que o panorama político nacional levanta algumas dúvidas.
O PSI-20 cai 1,69% para 5.259,67 pontos, com 17 acções em queda e uma inalterada, acompanhando assim a tendência que impera no resto da Europa, que está a reflectir essencialmente os dados sobre a China. As importações chinesas afundaram, em Setembro, pelo décimo primeiro mês consecutivo, o que corresponde ao maior ciclo de quedas dos últimos seis anos. Um novo dado que aumenta os receios em torno da segunda maior economia do mundo.
Na praça nacional, o BCP volta a destacar-se, ao recuar 5,61% para 5,40 cêntimos, uma tendência seguida pelo BPI, que cai 3,0% para 1,036 euros, e pelo Banif que deprecia 2,70% para 0,36 cêntimos.
Já na última sessão a banca se destacou, com os investidores a reflectirem na bolsa os receios em torno da situação política nacional. O acentuar da queda da bolsa nacional coincidiu com as declarações de António Costa e Catarina Martins na sequência da reunião entre Partido Socialista e Bloco de Esquerda. O líder do PS assinalou que há margem para aproximar posições" com o BE e Catarina Martins afirmou que estão criadas as condições para um Governo liderado pelo PS e apoiado pelo BE.
Esta terça-feira tem lugar uma reunião entre o PS e os partidos da coligação Portugal à Frente, com objectivo de avaliar as condições que existem para os socialistas apoiarem um Governo PSD/CDS. Esta tarde António Costa tem um encontro com Cavaco Silva, no âmbito das consultas do Presidente com vista à formação de um governo estável.
Em queda, e a pressionar a bolsa está também a Jerónimo Martins, ao cair 1,14% para 12,10 euros, que continua assim em queda depois de o partido polaco à frente das sondagens ter reforçado a intenção de impor uma taxa sobre o sector. Ainda assim os analistas acreditam que os novos termos parecem ser menos prejudiciais para a Jerónimo Martins.
Na energia, a Galp cai 2,71% para 9,62 euros, mantendo assim a tendência de queda já verifica ontem após ter anunciado que aumentou os volumes de produção de petróleo e a refinação. Numa nota de análise divulgada esta segunda-feira, 12 de Outubro, o Société Générale manteve o preço-alvo para as acções da Galp Energia em 11,20 euros.
Mas o vermelho está a ser a cor marcante também na energia. A EDP, que ainda iniciou a sessão em alta, está a cair 0,50% para 3,361 euros, no dia em que o jornal espanhol Expansión noticiou que a Repsol estará em negociações com a EDP para a venda dos activos de gás.
A EDP Renováveis também perde 0,60% para 5,981 euros e a REN desce 0,87% para 2,719 euros.
Já a Mota-Engil, que anunciou uma operação para retirar a unidade africana de bolsa perde 2,99% para 2,11 euros. Enquanto a Mota-Engil África avança 2,27% para 5,85 euros.
A única cotada que não segue com qualquer variação é a Impresa, que ainda não transaccionou qualquer acção.