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Bolsa cai arrastada pela Jerónimo e Galp
A bolsa nacional segue em queda, pressionada pela descida da Jerónimo Martins e Galp Energia. Na Europa a tendência é de perdas generalizadas.
O PSI-20 segue a perder 0,61% para 4.557,21 pontos, com 11 cotadas em queda, cinco em alta e duas inalteradas. Apesar desta queda, o principal índice da bolsa nacional consegue acumular um ganho superior a 2% na semana.
Entre os congéneres europeus a tendência é igualmente de quedas, pressionados essencialmente pelos sectores de viagem e lazer, depois de um novo ataque terrorista ter assolado França.
A contribuir para a descida desta sexta-feira, 15 de Julho, do PSI-20 está a Jerónimo Martins, ao perder 1,62% para 13,965 euros, numa altura em que a Sonae SGPS também está a recuar 2,81% para 0,656 euros.
A penalizar o índice está igualmente a Galp Energia, ao recuar 1,35% para 12,44 euros, no dia em que revelou os dados operacionais preliminares do segundo trimestre do ano. A petrolífera revelou um aumento de produção de petróleo de 27,6% no segundo trimestre, enquanto a actividade de refinação e distribuição caiu 11,2%.
Entre os restantes títulos do sector de energia a tendência é idêntica. A EDP recua 0,21% para 2,903 euros e a EDP Renováveis cede 0,01% para 6,949 euros. Já a REN consegue evitar a descida, seguindo estável nos 2,607 euros.
Em queda está também o BCP, ao ceder 1,52% para 0,0195 euros, o que está a levar a que o banco liderado por Nuno Amado acumule uma queda semanal inferior a 1%. Esta descida é fortemente justificada pela depreciação verificada na quarta-feira, dia em que deslizou quase 9% devido a uma nota de análise do Haitong em que o banco de investimento estima que o BCP possa ter de fazer um reforço de capital em até 3,9 mil milhões de euros.
Esta sexta-feira é também notícia que o BCP está a questionar Bruxelas sobre a injecção de dinheiro na Caixa Geral de Depósitos, de acordo com o Negócios.
Ainda na banca, o BPI segue estável nos 1,113 euros.
Do lado oposto está a Pharol, ao subir 3,14% para 0,197 euros, elevando para mais de 27% o ganho semanal. A animar a negociação das acções da empresa que detém 22,24% da brasileira Oi, está o anúncio de entrada de novos accionistas. A Oi anunciou na terça-feira, 12 de Julho, que a gestora de fundos norte-americana Marathon Asset Management passou a deter 9,2% do capital da empresa.
Antes tinha sido a PointState a anunciar que detém 5,16% das acções ordinárias da Oi (o capital da empresa é representado por títulos preferenciais e ordinários). O Morgan Stanley e a BlackRock também estão no capital da empresa, segundo recentes comunicados à CVM.