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Bolsa sobe mais de 1% com o BCP a avançar mais de 3%

A bolsa nacional renova máximos de Março de 2016, numa altura em que o BCP está a subir mais de 3% e a negociar em máximos de Dezembro. Corticeira Amorim e Mota-Engil também já tocaram em máximos. O dia está a ser de ganhos generalizados entre as praças europeias.

Miguel Baltazar
04 de Maio de 2017 às 15:18
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O PSI-20 sobe 1,09% para 5.201.12 pontos, renovando o máximo de Março de 2016. Desde o início do ano a bolsa nacional acumula já um ganho superior a 11%. A contribuir para a subida desta quinta-feira estão 12 cotadas, enquanto seis travam e uma segue inalterada. 

Entre os congéneres europeus a tendência é igualmente de ganhos, com os principais índices a também renovarem máximos. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, negoceia em máximos de Agosto de 2015. Além deste índice, o alemão DAX está em níveis nunca antes vistos, o holandês AEX atingiu um recorde de 2007, o francês CAC um máximo de 2008 e o espanhol IBEX e o grego FTASE máximos de 2015. 

A sessão está a ser marcada por várias questões. Primeiro o final da reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA, com a autoridade a considerar que o recente abrandamento económico no país é transitório, o que está a elevar as expectativas de aumento de subidas de juros naquele país. E a atenuar os receios em torno da maior economia do mundo. Além disso, ontem à noite houve o último debate entre os candidatos à Presidência de França deu a vitória a Emmanuel Macron, de acordo com as sondagens. O que reduz os receios de que a eurocéptica Marine Le Pen vença a segunda volta das eleições, agendada para este domingo, 7 de Maio. E, por fim, foram apresentados resultados de várias cotadas, com os números a superarem as estimativas dos analistas, o que está a animar a negociação das acções. 

Este contexto está também a levar os juros de Portugal para mínimos de Novembro, com a taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Portugal a descer três pontos base para 3,43%. Já os juros da Alemanha, para o mesmo prazo, estão a subir para 0,38%, o que reduz o prémio de risco de Portugal para pouco mais de 300 pontos base, o que corresponde ao valor mais baixo desde Agosto. 

Na bolsa nacional, destaque para o BCP, que sobe 3,40% para 0,222 euros, o que representa o valor mais elevado desde Dezembro. 

Em máximos está também a Corticeira Amorim, que está a subir 4,04% para 11,855 euros, tendo já tocado no valor mais elevado de sempre ao negociar nos 11,96 euros.

Destaque ainda para as acções da Mota-Engil, que sobem 1,10% para 2,583 euros, tendo já tocado nos 2,74 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Julho de 2015. As acções da construtora continuam a reflectir o entusiasmo dos investidores pelo anúncio de dividendo. Os investidores souberam, na passada quinta-feira, 27 de Abril, que a Mota-Engil decidiu mais do que duplicar o dividendo pago aos seus accionistas. Desde então, as acções já acumulam um ganho superior a 12,5%.

Esta quinta-feira, 4 de Maio, foi ainda conhecido que a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins assinou um contrato que dita a sua entrada no mercado britânico. 

Em alta estão também as acções da Jerónimo Martins a apreciar 1,42% para 16,765 euros, a Nos a subir 1,37% para 5,487 euros e os CTT ao avançarem 1,35% para 5,712 euros.
 
A Galp Energia contraria a tendência ao perder 0,64% para 13,865 euros, numa altura em que os preços do petróleo estão a deslizar para mínimos de seis meses, a reflectir a especulação de que os cortes de produção feitos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não estão a ser suficientes para travar a queda dos preços da matéria-prima.

Ainda no sector da energia, a EDP cresce 1,95% para 3,186 euros, depois de ontem já ao final do dia ter apresentado os resultados do primeiro trimestre. Os lucros caíram 18%, mas ficaram ainda assim acima das estimativas dos analistas. Em sentido contrário está a EDP Renováveis, cujas acções descem 0,30% para 6,97 euros, no dia em que está a descontar o dividendo de cinco cêntimos que vai distribuir pelos seus accionistas. Excluindo este ajuste técnico, as acções estariam a subir 0,4%.
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