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Bolsa segue ganhos da Europa após vitória do "não" no referendo em Itália

O PSI-20 foi impulsionado pela Jerónimo Martins, que beneficiou com uma recomendação positiva. O BCP impediu maiores ganhos.  

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05 de Dezembro de 2016 às 16:47
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A bolsa nacional fechou em terreno positivo, em linha com as praças europeias, numa sessão em que os investidores passaram ao lado dos receios com a vitória do "não" no referendo em Itália, que levou à demissão do primeiro-ministro Matteo Renzi.

 

O PSI-20 subiu 0,43% para 4.410,81 pontos, com 10 cotadas em alta, seis em queda e duas sem variação. Nas bolsas europeias os índices marcaram ganhos em torno de 0,5%, sendo que o DAX liderou as subidas com um ganho de mais de 1%, enquanto o índice da bolsa de Milão foi o único em terreno negativo, embora com uma queda ligeira.

 

Depois de uma abertura de sessão em forte queda, as bolsas europeias inverteram rapidamente para terreno positivo, um movimento que os analistas justificam com a expectativa de que a vitória do "não" já estava de alguma forma descontada nos mercados e vai reforçar a acção do BCE.  

 

"A reacção relativamente incólume dos mercados europeus (…), incongruente com o que seria de esperar de um evento que incrementa a incerteza política em Itália e também na Europa (devido à crescente onda populista), pode resultar de expectativas que o BCE continue a apresentar medidas de flexibilização da política monetária na próxima reunião de quinta-feira", adianta a equipa de research do BiG.

Os bancos italianos, apesar de terem recuperado ao longo da sessão, não resistiram a um fecho no vermelho, já que como admitiu Ewald Nowotny, governador do Banco Nacional da Áustria e membro do Conselho de Governadores do BCE, a Itália poderá ser forçada a resgatar bancos.

 

O BCP contagiado pelos bancos italianos e foi dos poucos na Europa a fechar no vermelho. As acções do maior banco privado português afundaram 2,82% para 1,1251 euros, enquanto o BPI fechou estável nos 1,126 euros. 

A impulsionar o PSI-20 esteve a Jerónimo Martins, que avançou 2,19% para 14,67 euros, depois da IM Valores ter sugerido que a empresa que controla o Pingo Doce poderá pagar um dividendo extraordinário. A casa de investimento subiu o preço-alvo de 12,25 euros para 14,15 euros e melhorou a recomendação de "vender" para "reduzir".

 

A Galp Energia também contribuiu para o dia de ganhos em Lisboa, tendo mais uma vez seguido o rumo da cotação do petróleo. A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva valorizou 1,07% para 13,20 euros numa sessão em que o Brent em Londres valoriza 0,97% para 54,99 dólares.

 

Fora do PSI-20 o destaque vai para a Impresa, que disparou 12,71% para 0,204 euros, em reacção às palavras do CEO da Nos, que em entrevista ao Expresso alertou que "se a Altice/PT comprar a TVI e os reguladores não fizerem nada, haverá guerra". Após analisar as declarações de Miguel Almeida, o banco de investimento Haitong considera que a Nos poderá avançar para a compra do grupo dono da SIC, a Impresa, caso avance o negócio entre a PT Portugal/Altice e a Media Capital, dona da TVI. Ainda nos media a Cofina (proprietária do Negócios) valorizou 3,52% para 0,265 euros.


(Notícia actualizada às 17:00 com mais declarações)

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