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Bolsa nacional regressa às quedas com BCP, Galp e papeleiras a pressionarem

A praça portuguesa perdeu valor na sessão desta segunda-feira, contrariando a tendência do índice de referência para a região. Por cá, o BCP, a Galp, a Altri e a Navigator foram as que registaram maiores perdas.

A bolsa portuguesa destaca-se com uma escalada de 20% em menos de mês e meio.
Miguel Baltazar
22 de Março de 2021 às 16:45
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O índice PSI-20 terminou esta primeira sessão da semana com uma desvalorização de 0,20% para os 4.838,76 pontos, contrariando a tendência registada no índice de referência para a Europa (Stoxx 600), que conseguiu acabar o dia em leve alta.

Entre as maiores quedas esteve o Banco Comercial Português (-2,32%) que acompanhou o sentimento negativo registado em todo o setor na Europa, com o vizinho espanhol do BBVA a perder mais de 7%, uma vez que tem uma grande exposição na Turquia, onde a moda local - a lira - permanece em queda-livre. 

A moeda da Turquia afundou cerca de 15% contra o dólar norte-americano e a bolsa de Istambul foi suspensa por duas vezes na manhã desta segunda-feira, depois de o presidente Recep Tayyip Erdogan ter demitido o líder do banco central do país, Naci Agbal, que na semana passada tinha anunciado uma subida das taxas de juro para conter a inflação.

No setor das produtoras da pasta e de papel, o sentimento foi também negativo, com a Altri e a Navigator a caírem 2,7% e 2,3% respetivamente. 

Apesar da queda geral do índice, existem três cotadas a negociar em máximos de mais de um ano. Saõ elas os CTT, a Sonae e a Ramada. 

No caso dos CTT, a empresa avançou quase 4%, depois de as posições curtas terem caído para os 1,78%, o que representa um mínimo desde março de 2017, depois de o BlackRock, o único fundo de investimento a apostar na queda das ações da empresa nacional, ter anunciado uma redução.

Segundo a CMVM (Comissão de Mercado de Valores Mobiliários), as posições curtas na empresa liderada por João Bento caíram de 1,89% para os 1,78% nesta segunda-feira. Esta percentagem já chegou a ser de 9,99% em 2018. 

A subida mais expressiva do dia foi a da Ramada, que ganhou 6,74% para os 5,70 euros por ação, a passo que a Sonae - dona do Continente e da Worten - apreciou 1,93% para os 0,7905 euros. O grupo EDP terminou o dia a subir, com a casa-mãe e a EDP Renováveis a ganharem 0,8% e 0,6%. 

A EDP Renováveis fechou um acordo para o desenvolvimento e construção de um novo projeto solar nos Estados Unidos, segundo comunicou a elétrica esta segunda-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Segundo o comunicado, trata-se de um acordo de Build & Transfer com a Northern Indiana Public Service Company LLC ("NIPSCO") que prevê o desenvolvimento e construção de um projeto solar de 200 MWac, o Indiana Crossroads Solar Park, localizado no estado do Indiana.

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