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Bolsa nacional em queda penalizada por BCP

O principal índice da bolsa nacional, depois de uma abertura em alta ligeira, está a negociar em queda, penalizada nomeadamente pelas acções do BCP. Entre as restantes praças europeias, o sentimento é sobretudo de perdas.

Miguel Baltazar
04 de Abril de 2017 às 11:55
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A bolsa nacional inverteu a tendência de ganhos ligeiros registados no arranque da sessão e segue agora em queda. O PSI-20 desce 0,29% para 4.953,69 pontos, com oito cotadas em alta, oito em queda e três inalteradas.

Entre as restantes praças do Velho Continente, o sentimento é sobretudo de perdas ligeiras, numa altura em que os investidores aguardam pela divulgação de alguns dados económicos e pela divulgação das minutas relativas ao último encontro da Reserva Federal dos Estados Unidos. No encontro de 14 e 15 de Março, a Fed determinou a subida do intervalo da taxa dos fundo federais para entre 0,75% para 1% e deu indicação que o cenário mais provável seria existirem mais duas subidas até ao fim de 2017. Posteriormente, contudo, alguns responsáveis da autoridade monetária manifestaram opiniões divergentes para o ritmo de subidas e as minutas podem ajudar a dar alguma clareza quanto ao tema.

Além disso, esta terça-feira vai realizar-se um debate televisivo com os candidatos à presidência de França, algo que deverá captar a atenção dos investidores. Na semana passada, uma sondagem da Ipsos mostrou que Marine Le Pen e Emmanuel Macron reúnem 25% e 24% das intenções de voto, na primeira volta – marcada para 23 de Abril –, e que Macron garantirá uma vitória confortável na segunda volta, a 7 de Maio.


Em Lisboa, destaque para as acções do BCP, que descem 3% para 18,44 cêntimos. Ontem, já após o fim da sessão em Portugal, a gestora de activos norte-americana BlackRock, penalizada pela troca de dívida do Novo Banco para o BES "mau" em Dezembro de 2015, juntou-se a outros fundos para tentar travar a alienação da instituição financeira à Lone Star. Dado que o banco foi vendido pelo Fundo de Resolução, detido pela banca nacional, isso pode estar a ter algum efeito na negociação do Banco Comercial Português.


Em queda estão também as acções da Pharol, que recuam 2,67% para 36,4 cêntimos.

No grupo EDP, a casa-mãe cede 0,09% para 3,167 euros. Na edição desta terça-feira, o Negócios avança que a EDP paga em dinheiro, mas dá menor prémio pelas renováveis. A EDP é a última empresa do sector na Europa a avançar com uma operação para retirar a subsidiária de renováveis de bolsa. É a única a pagar apenas em dinheiro, mas só a Enel deu um prémio inferior.

A EDP Renováveis, por outro lado, ganha 0,13% para 6,93 euros, continuando assim a negociar acima do valor oferecido na OPA, que é de 6,80 euros.


A REN aprecia 0,46% para 2,851 euros.


E a Galp Energia valoriza 0,07% para 14,16 euros, isto numa altura em que os preços do petróleo estão a cair nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, cede 0,13% para 53,05 dólares por barril.


A travar uma queda mais acentuada da praça nacional estão nomeadamente as acções da Jerónimo Martins, que valorizam 1,16% para 16,57 euros. A concorrente Sonae desce 0,76% para 91,3 cêntimos.


A Corticeira Amorim cresce 1,17% para 10,365 euros. O Haitong emitiu uma nota onde reitera que a Corticeira Amorim é uma das suas "balas de prata", tendo elevado inclusivamente a avaliação da cotada para 12 euros, o que confere às acções um potencial de subida de 15,77% face à actual cotação. O banco subiu o preço-alvo da cotada após os resultados de 2016 e antes dos resultados trimestrais que esperam "que continue a demonstrar um bom momento para a indústria".

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