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Abertura dos mercados: Em dia de debate em França, euro cai e bolsas sem rumo

As bolsas europeias estão sem uma tendência definida e o euro está em queda no dia em que se realiza mais um debate entre os candidatos ao Eliseu. O petróleo está também em queda. O ouro, por outro lado, ganha terreno.

Reuters
04 de Abril de 2017 às 09:38
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,20% para 4.958,12 pontos

Stoxx 600 avança 0,08% para 379,58 pontos

Nikkei desceu 0,91% para 18.810,25 pontos

"Yield" 10 anos de Portugal aumenta 1 ponto base para 3,919%

Euro recua 0,16% para 1,0653 dólares

Petróleo desce 0,55% para 52,83 dólares por barril em Londres


Bolsas europeias sem rumo

As principais praças europeias estão a negociar sem uma tendência definida na manhã desta terça-feira, 4 de Abril. Um dos temas que os investidores deverão acompanhar nas próximas horas é o debate entre os candidatos às presidenciais francesas.

Na semana passada, uma sondagem da Ipsos mostrou que Marine Le Pen e Emmanuel Macron reúnem 25% e 24% das intenções de voto, na primeira volta – marcada para 23 de Abril –, e que Macron garantirá uma vitória confortável na segunda volta, a 7 de Maio.


A liderar os ganhos no Velho Continente está o principal índice grego, que soma 0,59%, seguido pelo britânico Footsie. Por outro lado, Lisboa lidera as quedas, recuando 0,20%, seguido pelo germânico DAX, que desce 0,13%. O Stoxx 600, índice de referência, valoriza 0,08%.

Na Ásia, o dia foi de perdas com a cautela a reinar nos mercados, numa altura em que os investidores aguardam pelo encontro entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente dos EUA, Donald Trump, agendado para esta semana. O mercado antecipa que este encontro pode ser potencialmente tenso.


Juros continuam abaixo dos 4%

Os juros da dívida pública portuguesa estão a registar uma subida ligeira no mercado secundário. Ainda assim, a dez anos, o prazo considerado de referência, as "yields" continuam abaixo da fasquia dos 4%. Por esta altura sobem 1 ponto base para 3,919%.


O início de Abril marca a redução das compras mensais de activos por parte do BCE de 80 mil milhões para 60 mil milhões de euros. Mas as taxas das obrigações portuguesas desceram na primeira sessão do mês. Com efeito, a "yield" a 10 anos baixou ontem 6,9 pontos base para 3,909%, o valor mais baixo desde final de Fevereiro. Apesar da redução das compras, já há vários meses que o BCE faz compras de dívida portuguesa abaixo da meta implícita.


Os juros da dívida da Alemanha, no mercado secundário, a dez anos descem 1,3 pontos base para 0,264%.


Euro perde terreno

A moeda da Zona Euro está a descer face à divisa norte-americana. O euro desce 0,16% para 1,0653 dólares. Esta terça-feira realiza-se um debate entre os candidatos às presidenciais francesas. Marine Le Pen, candidata da Frente Nacional, defende que se vencer vai trabalhar no sentido de tirar a França da união monetária.

Ainda assim, em entrevista a uma rádio francesa, citada pelas agências internacionais, Le Pen refere que, se for eleita, só vai começar a negociar a saída da França do euro depois das eleições na Alemanha e em Itália. "É óbvio que para negociar o regresso à moeda nacional, temos de esperar pelas eleições na Alemanha e em Itália para sabermos com que maiorias estamos a negociar", disse à Sud Radio, citada pela agência France Press.

Brent perto dos 53 dólares

Os preços do petróleo, nos mercados internacionais, estão a descer. O West Texas Intermediate desce 0,54% para 49,97 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, recua 0,55% para 52,83 dólares por barril.


Este comportamento tem lugar numa altura em que é público que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) cortou a sua produção diária em 200 mil barris durante o mês de Março. Esta redução deveu-se, em parte, aos cortes executados pela Nigéria e Líbia.


Na semana passada, a cotação da matéria-prima subiu, impulsionada pelo facto de o Kuwait e outros países do cartel terem-se mostrado favoráveis a uma extensão do acordo alcançado em Novembro último para diminuir a produção de petróleo. A vigência do acordo termina em Junho.


Especulação em torno da Fed dá ganhos ao ouro

O mercado está a especular que a Reserva Federal dos Estados Unidos pode manter o ritmode subidas dos juros nos EUA, em vez de o acelerar como chegou a ser especulado. Esta ideia surge depois de os produtores automóveis terem revelado vendas pior do que estimado em Março. Esta especulação faz com que os investidores olhem para activos considerados de refúgio como é o ouro. Por esta altura, o ouro, para entrega imediata, soma 0,35% para 1.257,91 dólares por onça.

 

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