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Bolsa nacional abre em leve alta com apoio da EDP e do BCP

A praça lisboeta acompanha os ganhos tímidos no resto da Europa, num dia em que os investidores continuam atentos à temporada de resultados empresariais. Por cá, é dia dos CTT e da Corticeira apresentarem contas.

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06 de Maio de 2021 às 08:12
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O índice PSI-20 abriu a sessão desta quinta-feira a valorizar 0,17% para os 5.100,70 pontos, seguindo a batuta orquestrada pelo resto das bolsas europeias, numa altura em que os investidores continuam de olho nos resultados das empresas e também nas tensões comerciais vividas do outro lado do mundo.

A China anunciou hoje a suspensão de um pacto de cooperação económica com a Austrália, depois de Camberra ter anunciado, no mês passado, a intenção de revogar um acordo relativo à iniciativa chinesa da "Nova rota da seda". Esta atitude da Austrália "visa perturbar as trocas e a cooperação normais com a China, numa mentalidade de 'guerra fria' e de discriminação ideológica", acusou a agência de planeamento chinesa, em comunicado.

Durante a madrugada em Lisboa, as ações asiáticas foram prejudicadas por este novo foco de pressão externa, com o índice de Xangai a cair 0,7%.

Por esta altura, em Washington, à medida que a maior economia do mundo recupera, os investidores estão cada vez mais focados sobre a data em que o banco central poderá começar a restringir o seu apoio de emergência. Na Europa, hoje é a vez do Banco de Inglaterra decidir sobre a sua política monetária.

Por cá, o índice nacional abriu ainda com várias empresas na "linha de água", mas vão-se destacando, nestes minutos iniciais, o BCP, com um ganho de 0,63% para os 12,75 cêntimos por ação e também a EDP, que avança 0,48% para os 1,5492 euros.

A apresentação de contas trimestrais na bolsa nacional continua, sendo que hoje é a vez dos CTT e da Corticeira Amorim apresentarem contas relativas ao primeiro trimestre deste ano, depois do fecho de sessão. Os CTT caem 0,1% e a Corticeira avança 0,1%. 

A Nos e a Jerónimo Martins deixam de negociar em ex-dividendo, no dia em que distribuem esta remuneração pelos acionistas. No total, a empresa liderada por Miguel Almeida vai remunerar os acionistas em 143,2 milhões de euros, o que corresponde a um "payout" de 156% (face aos lucros de 92 milhões de euros no ano passado), e a cotada coandada por Pedro Soares dos Santos vai entregar aos acionistas 181 milhões de euros, o que equivale a metade dos lucros de 2020. As cotadas valorizam 0,2% e 0,6%, respetivamente. 

As ações da Mota-Engil ajustam esta quinta-feira para um novo preço teórico, que é calculado descontando à cotação da ação o valor teórico de um direito que permite subscrever as novas ações. Contudo, o valor teórico destes títulos é nulo, pelo que esta quinta-feira a cotação da Mota-Engil não deverá sofrer o ajuste técnico em função do aumento de capital. Para já, a empresa ganha 0,9% para os 1,450 euros.

Quatro meses depois de ter sido aprovado em assembleia-geral pelos acionistas, o aumento de capital da Mota-Engil chega finalmente ao mercado. Tal como foi desenhada, a operação deverá deixar de fora os pequenos acionistas da construtora, que não têm qualquer incentivo financeiro para investir no aumento de capital.

A companhia liderada por Gonçalo Moura Martins vai emitir um máximo de 100 milhões de ações, a 1,50 euros cada uma, pelo que o encaixe bruto (sem ter em conta despesas com a operação) ascende a 150 milhões de euros. Mas a oferta tem a particularidade de ser feita a um preço superior à cotação da empresa em bolsa, o que contraria a prática habitual de emitir novas ações com um desconto face ao preço de mercado.


Quem no fecho da sessão de quarta-feira tinha uma carteira com 1.000 ações da Mota-Engil manterá hoje as mesmas mil ações (com uma cotação de 1,437 euros), adicionadas de mil direitos. Estes títulos permitem a subscrição de 432 novas ações da Mota-Engil (0,43211 ações por direito), a 1,50 euros cada uma.
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