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Bolsa cai pela terceira sessão pressionada pelo BCP
O PSI-20 seguiu o desempenho da bolsa italiana, que foi pressionada pelos resultados das eleições legislativas no país. Nas praças europeias vários índices subiram mais de 1%.
A bolsa nacional fechou em terreno negativo pela terceira sessão, o que já não acontecia desde o período prolongado de desvalorizações no início de Fevereiro.
O PSI-20 desceu 0,03% para 5.365,66 pontos, com 11 cotadas em alta, seis em baixa e uma sem variação. A maioria dos índices europeus negociou em terreno positivo, alguns até com ganhos acima de 1%, sendo que a praça portuguesa seguiu o desempenho das acções italianas, que foram pressionadas pelos resultados das eleições no país, que apontam para que não seja possível formar um governo com o apoio maioritário do Parlamento.
O índice PSI-20 foi penalizado pelo elevado peso que apresenta o BCP, já que a banca italiana foi a mais pressionada e acabou por contagiar o sector nos periféricos. As acções do banco liderado por Nuno Amado fecharam a cair 3,24% para 30,2 cêntimos, aliviando do ganho de mais de 9% registado na semana passada, período em que foi a única cotada do PSI-20 a valorizar.
Ainda a pressionar o índice português estiveram as acções dos CTT. A empresa que apresenta resultados na quarta-feira fechou a sessão a cair 2,36% para 3,23 euros.
A limitar as quedas no índice esteve quase todo o sector energético e a Jerónimo Martins. A retalhista fechou a subir 1,52% para 15,395 euros, dando o maior impulso ao PSI-20.
No sector energético destacou-se a EDP Renováveis, com um ganho de 1,13% para 7,165 euros, mantendo a tendência positiva desde que apresentou resultados anuais. A EDP valorizou 0,39% para 2,80 euros e a Galp Energia valorizou 0,95% para 14,85 euros numa sessão que está a ser de fortes ganhos na cotação do petróleo.
Entre as cotadas do PSI-20 o ganho mais expressivo foi registado pela Altri, que ganhou 3,03% para 4,585 euros. No mesmo sector, a Navigator ganhou 0,84% para 4,334 euros.
Já a maior queda foi protagonizada pela Sonae Capital, que afundou 5,72% para 0,956 euros depois de ter anunciado os resultados de 2017, que foram marcados por prejuízos, o que não impediu a empresa liderada por Cláudia Azevedo de pagar um dividendo de 6 cêntimos por acção (abaixo de 10 cêntimos do exercício anterior).
Media em alta
Fora do PSI-20 brilharam as cotadas do sector dos media. A Cofina disparou 6,74%, depois de ter ganho uma licença para reforçar a sua oferta no jogo online com apostas desportivas.
Já a Impresa avançou 4,38% antes de apresentar os resultados de 2017. O CaixaBI estima que a empresa liderada por Francisco Pedro Balsemão anuncie na terça-feira, após o fecho da sessão, que fechou o ano com um resultado líquido de 4,8 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 73,3% face a 2016.
(Notícia actualizada às 16:55 com mais informação)