O Conselho de Administração da Sonaecom pronunciou-se de forma favorável sobre a oportunidade e as condições da oferta pública geral e voluntária de aquisição de ações representativas do seu capital social, feita pela Sonae.

No comunicado divulgado junto da CMVM, o "board" da Sonaecom considera que a contrapartida da oferta "merece ser tida em consideração e é suscetível de ser aceite pelos acionistas".

Recorde-se que a Sonae anunciou a 21 de dezembro uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a parte do capital da Sonaecom que ainda não controlava, sendo o objetivo da "holding" liderada por Cláudia Azevedo retirar a Sonaecom de bolsa.

Dois dias depois, a 23 de dezembro, a Sonae informou o regulador do mercado de capitais que já detinha 90,081% da Sonaecom – significando que a dona do Continente, presidida por Ângelo Paupério (na foto), já poderia recorrer ao mecanismo de aquisição potestativa, resultando na exclusão da negociação das ações em mercado.

"O controlo exclusivo pela Sonae permitirá uma maior eficiência e flexibilidade na gestão operacional dos negócios detidos pela Sonaecom e a exploração de novas oportunidades de desenvolvimento do seu portefólio", sublinhava o comunicado de 23 de dezembro.

A Sonae oferece 2,50 euros por ação da Sonaecom, o que representa um prémio de 25% face ao preço de fecho do dia anterior ao anúncio da oferta. A empresa indicou que o valor "será ajustado em caso de distribuição de dividendos, reservas ou outro".

Feitas as contas, o "board" da Sonaecom considera que esse prémio de 25% é superior à média ajustada dos prémios pagos em transações comparáveis realizadas desde 2011, cujo valor ronda 21,2% em Portugal e 22,1% na Península Ibérica.

A contrapartida de 2,50 euros representa também um prémio de 32,6% quando comparada com a cotação média ponderada pelo volume dos seis meses imediatamente anteriores ao anúncio preliminar da oferta, sublinha a Sonaecom.