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BES dispara 5% após "ressaca" dos resultados
Acções do banco liderado por Ricardo Salgado já valorizaram mais de 5%, após terem chegado a perder mais de 4%, com os investidores a digerirem os resultados apresentados após o fecho da sessão bolsista de quinta-feira.
O Banco Espírito Santo (BES) inverteu a tendência de perdas com que negociou durante a manhã e está a prolongar os ganhos das últimas três sessões, em que os investidores anteciparam os resultados apresentados na tarde de quinta-feira, após o fecho do mercado.
Esta sexta-feira, as acções do banco que tem sede na Avenida da Liberdade seguem a valorizar 3,65% para 1,278 euros, numa sessão que tem sido de elevada volatilidade para os títulos. Isto porque o BES já chegou a subir 5,35% para 1,299 euros, numa sessão em que começou por perder mais de 3%, tendo chegado a depreciar 4,06% para 1,183 euros. Na semana, o banco valoriza 9%.
Os investidores estão a "digerir" os resultados apresentados após o fecho da sessão de ontem, onde deu conta de prejuízos superiores ao esperado. O banco perdeu 518 milhões de euros em 2013, depois de ter lucrado 96 milhões no ano anterior, e o prejuízo compara a média de 491 milhões de euros para que apontava a média de seis estimativas de analistas.
Contudo, as contas do último trimestre deixam revelam que se mantém a tendência de melhoria da qualidade dos activos do banco, conforme salientaram os analistas do BPI e do Caixa BI nas notas de análise a que o Negócios teve acesso. Uma evolução que vem reforçar a previsão de que o banco conseguirá regressar aos lucros ainda este ano.
O ritmo de deterioração da qualidade dos activos voltou a abrandar. Embora o crédito vencido a mais de 90 dias tenha aumentado, “esta [de deterioração] materializou-se a um ritmo significativamente menor”, lê-se na nota de comentário do Caixa BI, assinada pelo analista André Rodrigues.
Já a equipa de "research" do BPI destacou o contraste "resultados do quarto trimestre piores do que esperado, melhor qualidade dos activos", conforme o título da nota que enviou aos clientes esta manhã.
O crédito malparado, por seu lado, manteve a tendência de melhoria e o saldo da rubrica chegou a diminuir em diminuir em 344 milhões de euros no último trimestre, face ao final de Setembro. Nos três meses anteriores tinha-se verificado um crescimento de 195 milhões de euros do malparado, ao passo que no segundo trimestre fora de 334 milhões.
(Notícia eactualizada às 15h38)