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BCP volta a afundar 7% e acelera perdas da bolsa nacional
A bolsa nacional está a contrariar os ganhos ligeiros da Europa, pressionada pelo BCP, que voltou a negociar abaixo dos 2 cêntimos por acção. Os títulos da Pharol continuam suspensos e as acções da Martifer disparam mais de 12%.
A bolsa nacional está a acentuar a tendência negativa, pressionada pela forte desvalorização dos títulos do BCP. O PSI-20 desce, nesta altura, 0,9% para 4.623,46 pontos, depois de ter registado ontem a maior valorização desde Outubro.
Das 18 cotadas que formam o principal índice nacional, dez estão em queda, seis em alta e duas inalteradas.
Lisboa contaria a tendência positiva da maioria das congéneres europeias, que valorizaram mais de 3% na sessão de ontem, "respirando de alívio" com as sondagens que apontavam para um recuo do Brexit. Esta terça-feira, a dois dias do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, uma nova sondagem da YouGov para o Times dá vantagem ao "Leave" com 44% das intenções de voto, contra os 42% do "Remain".
O Stoxx600 ganha 0,39% para 338,99 pontos, numa altura em que, além do PSI-20, só o espanhol IBEX e o londrino Footsie seguem em terreno negativo. A maior subida é da bolsa de Atenas, que dispara 5,05%.
Na bolsa nacional, o BCP é a cotada que mais pressiona. Depois de terem disparado mais de 12% no arranque da semana, as acções do banco voltaram para terreno negativo, com uma descida de 7,04% para 1,98 cêntimos.
Na sessão de ontem, o BCP foi mesmo a cotada do Stoxx600 – que reúne as 600 maiores empresas europeias – que mais valorizou.
O BPI ganha 0,27% para 1,118 euros e o fundo do Montepio segue inalterado em 51,3 cêntimos.
Também a Sonae e o grupo EDP estão a contribuir para as perdas. A EDP Renováveis cai 0,75% para 6,725 euros enquanto a empresa-mãe recua 1,32% para 2,925 euros.
Ainda na energia, a REN desce 0,53% para 2,62 euros e a Galp Energia sobe 0,25% para 12,095 euros, numa altura em que os preços do petróleo caem cerca de 2% nos mercados internacionais.
Já a Sonae desvaloriza 3,05% para 79,6 cêntimos.
Os títulos da Pharol – que foram suspensos pela CMVM antes da abertura do mercado – continuam sem negociar até que sejam divulgadas mais informações sobre o processo de recuperação judicial anunciado pela Oi ontem à noite.