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BCP com piores primeiros oito meses da história

O banco liderado por Nuno Amado tem o pior registo do período entre Janeiro e Agosto do PSI-20. A quebra do BCP duplica a da Pharol, a segunda maior desvalorização nestes oito meses. E está nos piores da Europa.

6º Nuno Amado, 772 notícias - Voltou a ser um ano agitado para o BCP, justificando o facto de Nuno Amado ser o gestor mais citado no Negócios este ano, com uma média de mais de duas notícias por dia.
Bruno Simão
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O Banco Comercial Português registou, até Agosto, os piores primeiros oito meses de um ano da sua história. A queda de 63% desde o início de 2016 nunca tinha sido marcada pela instituição presidida por Nuno Amado.

 

O BCP lidera os deslizes em todo o índice de referência da bolsa nacional, embora esta quarta-feira tenha ficado inalterado nos 1,8 cêntimos. O PSI-20 perde 11,32% desde o início do ano, o BCP 63,17%. A desvalorização mais próxima do banco é a da Pharol, que se situa em 31,37%. Na banca, as acções do BPI ganham 0,92% no período, as unidades de participação do Montepio recuam 27,94%.

 

O desempenho dos primeiros oito meses de 2016 não tem comparação próxima na história do BCP: só em 2011, o BCP cedeu 53%. De resto, foram todas inferiores ou, então, valorizações. 

 

O BCP tem vivido momentos de turbulência no presente ano – aliás, como um pouco toda a banca europeia. Na semana passada, foi noticiado que o banco irá deixar de constar do índice Stoxx Europe 600, que agrupa as 600 empresas mais representativas das bolsas europeias.

 

Neste momento, o que está em espera é o investimento proposto pela Fosun para ficar com até 30% do capital social do banco. E muitas são as incertezas no futuro da entidade: desblindagem de estatutos, obrigatório por lei, a devolução da ajuda estatal, a concretizar até 2017, a fusão de acções são três dos exemplos.

 

As contas do BCP têm vindo a ser limpas, aliás quando os analistas acreditavam que já não era preciso: as imparidades para crédito foram reforçadas no primeiro semestre e empurraram o banco para prejuízos de 197,3 milhões de euros. Nem a passagem no teste de stress que o banco fez – e que quis comunicar ao mercado – foi suficiente para impedir a tendência negativa da instituição na bolsa nacional.

 

O BCP tem o terceiro pior desempenho entre os principais bancos europeus que constam do índice geral do sector do Velho Continente – só mesmo os italianos Monte Paschi e o Popolare apresentaram um comportamento mais negativo nos primeiros oito meses do ano. Os bancos italianos são os que estão pior. No seu todo, o sector caiu 21% desde o início do ano.

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