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BCP e Galp levam bolsa nacional para a segunda queda seguida

A praça portuguesa terminou o dia em queda, em linha com o registado no resto da Europa. Por cá, cotadas como a Galp ou o BCP estão entre as maiores desvalorizações.

A ORES Portugal, detida pela Sonae Sierra e pelo Bankinter, tornou-se a primeira    SIGI a cotar em bolsa.
Pedro Catarino
23 de Fevereiro de 2021 às 16:41
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O índice PSI-20 terminou a sessão desta terça-feira a desvalorizar 0,94% para os 4.729,51 pontos, acompanhando as quedas sentidas um pouco por toda a Europa, numa altura em que os investidores continuam com receios de uma subida espontânea da inflação.

Ainda assim, hoje, Jerome Powell, presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, deu a entender que ainda era muito cedo para baixar os estímulos monetários, uma vez que a recuperação total da economia ainda está muito distante. Entre os investidores existe o medo de que os bancos centrais "levantem a cancela" dos estímulos, para travar uma possível subida de preços. Entre as hipóteses estaria uma subida de taxas de juro ou uma desaceleração dos programas de compra de dívida. Algo que, por enquanto, parece estar fora dos planos do banco central dos Estados Unidos.

Por cá, com 12 cotadas a perder força, cinco a valorizar e uma a manter-se inalterada, uma das maiores quedas foi registada pelo BCP (2,93%), que negoceia agora nos 11,91 cêntimos por ação, regressando assim aos valores da semana passada.

Hoje, a operação do banco na Polónia, o Bank Millennium, anunciou que poderá ter um custo de entre 900 e 1.110 milhões de euros ao longo dos próximos anos, caso feche acordos com os clientes com créditos em moeda estrangeira na Polónia, tal como pretende o regulador do país (KNF).

Numa nota de research a analisar esta notícia, o CaixaBank BPI calcula que estes montantes representam entre 20% a 25% da exposição original do Bank Millennium a créditos concedidos em moeda estrangeira. E situam-se abaixo do pior cenário que tinha calculado e que apontava para um custo total de 1,6 mil milhões de euros (36% da exposição inicial).

No resto da praça portuguesa, a petrolífera Galp desvalorizou 1,92% para os 9,208 euros por ação, a passo que a EDP Renováveis continua o seu caminho de desvalorizações, desta vez com uma perda de 2,19% para os 18,80 euros por ação. A empresa de energia está agora a negociar em mínimos de dezembro do ano passado.

Em contraciclo esteve a EDP, que apesar da queda da parente de energia renovável conseguiu um ganho de 0,40% para os 4,713 euros.

As duas cotadas mais valiosas da bolsa portuguesa apresentam amanhã as contas de 2020.
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