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BCP dispara mais de 5% e leva bolsa a renovar máximos de Janeiro de 2016

A bolsa nacional acentuou a tendência de ganhos, valorizando mais de 1,7% para máximos de mais de um ano. No resto da Europa o verde também imperou, com as bolsas a atingirem máximos, após o último debate entre Macron e Le Pen antes das eleições de domingo.

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04 de Maio de 2017 às 16:44
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O PSI-20 subiu 1,76% para 5.235,50 pontos, com 15 acções em alta e quatro em queda. O principal índice bolsista renovou assim o máximo de Janeiro de 2016. Tendo em conta apenas os valoes de fecho da sessão, o PSI-20 atingiu o nível mais elevado desde o último dia de 2015.

Entre os congéneres europeus a tendência é igualmente de ganhos, com os principais índices a também renovarem máximos. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, negoceia em máximos de Agosto de 2015. Além deste índice, o alemão DAX está em níveis nunca antes vistos, o holandês AEX atingiu um recorde de 2007, o francês CAC um máximo de 2008 e o espanhol IBEX e o grego FTASE máximos de 2015. 

A sessão está a ser marcada por várias questões. Primeiro o final da reunião da Reserva Federal (Fed) dos EUA, com a autoridade a considerar que o recente abrandamento económico no país é transitório, o que está a elevar as expectativas de aumento de subidas de juros naquele país. E a atenuar os receios em torno da maior economia do mundo. Além disso, ontem à noite houve o último debate entre os candidatos à Presidência de França deu a vitória a Emmanuel Macron, de acordo com as sondagens. O que reduz os receios de que a eurocéptica Marine Le Pen vença a segunda volta das eleições, agendada para este domingo, 7 de Maio. E, por fim, foram apresentados resultados de várias cotadas, com os números a superarem as estimativas dos analistas, o que está a animar a negociação das acções. 

A contribuir para a subida da bolsa esteve também o comportamento dos juros no mercado internacional. Os juros das obrigações do Tesouro a 10 anos estão esta quinta-feira em mínimos de Novembro e o "spread" face aos títulos da Alemanha com a mesma maturidade está abaixo dos 300 pontos base pela primeira vez desde meados de Agosto do ano passado.

 

Na bolsa nacional, destaque para o BCP, que disparou 5,26% para 0,226 euros, o que representa o valor mais elevado desde Dezembro. 

Em máximos esteve também a Corticeira Amorim, tendo já tocado no valor mais elevado de sempre ao negociar nos 11,96 euros. As acções da empresa de cortiça fecharam a subir 4,83% para 11,945 euros.

Destaque ainda para as acções da Mota-Engil, que avançaram 2,15% para 2,61 euros, tendo chegado a tocar nos 2,74 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Julho de 2015. As acções da construtora continuam a reflectir o entusiasmo dos investidores pelo anúncio de dividendo. Os investidores souberam, na passada quinta-feira, 27 de Abril, que a Mota-Engil decidiu mais do que duplicar o dividendo pago aos seus accionistas. Desde então, as acções já acumulam um ganho superior a 13,5%.

Esta quinta-feira, 4 de Maio, foi ainda conhecido que a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins assinou um contrato que dita a sua entrada no mercado britânico. 

Em alta estiveram também as acções da Jerónimo Martins ao apreciar 1,78% para 16,825 euros, a Nos a subir 2,25% para 5,535 euros e os CTT ao avançarem 0,50% para 5,664 euros.

A contrariar a tendência esteve a Pharol, ao descer 5,57% para 0,288 euros, a aliviar dos ganhos das últimas sessões.

 
No sector da energia, a EDP cresceu 2,72% para 3,21 euros, depois de ontem já ao final do dia ter apresentado os resultados do primeiro trimestre. Os lucros caíram 18%, mas ficaram ainda assim acima das estimativas dos analistas. Já a EDP Renováveis subiu 0,13% para 7,00 euros, no dia em que está a descontar o dividendo de cinco cêntimos que vai distribuir pelos seus accionistas. Excluindo este ajuste técnico, as acções teriam subido 0,85%.


(Notícia actualizada às 16:55 com mais informação)
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