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BCP dispara mais de 4% e impulsiona PSI-20

O PSI-20 recuperou de duas sessões a perder mais de 1%, beneficiando com a maior subida em três meses por parte do BCP. A Mota-Engil disparou quase 8%.

13 de Agosto de 2019 às 16:50
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A bolsa nacional fechou a valorizar depois de duas sessões a recuar mais de 2%, a acompanhar a recuperação das praças europeias devido aos desenvolvimentos positivos na frente do conflito comercial entre a China e os Estados Unidos.

 

O PSI-20 fechou a ganhar 0,61% para 4.825,63 pontos, sendo que durante a sessão chegou a tocar em novos mínimos desde 3 de janeiro. Entre as 18 cotadas do índice, 11 fecharam em alta e sete em queda.

 

Nas bolsas europeias a tendência também foi positiva, com o sentimento a inverter-se totalmente pouco depois da abertura de Wall Street, quando as agências internacionais começaram a noticiar um desenvolvimento positivo nas relações entre os EUA e a China, que se tinham deteriorado fortemente nas últimas semanas.

 

Pequim revelou que dentro de duas semanas voltará às negociações com Washington com vista a um acordo comercial. E os EUA adiaram até 15 de dezembro a aplicação da tarifa aduaneira agravada de 10%, prevista para setembro, sobre uma parte dos bens chineses alvo do protecionismo da administração Trump.

 

Estas notícias representam um aligeirar da tensão entre os dois países, após Trump ter dito na semana passada que não haveria acordo com a China em breve.

 

Reféns da evolução da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, desta vez os mercados acionistas estão a reagir com ganhos consideráveis, um movimento que praça portuguesa consegue acompanhar.

 

BCP com maior subida em três meses

 

As ações do BCP foram as que mais impulsionaram o PSI-20, invertendo a tendência fortemente negativa registada nas últimas sessões. Hoje subiram 4,35% para 0,2065 euros (maior subida diária desde 10 de maio), sendo que no início da sessão tocaram em novos mínimos desde setembro de 2017, nos 0,1934 euros. Nas 16 sessões anteriores as ações perderam 31,5% e apenas valorizaram duas vezes.

 

Miguel Maya, presidente executivo do BCP, considerou esta terça-feira que a grande justificação para a evolução negativa das ações é a conjuntura internacional, com o título a reagir "de forma muito intensa à alteração da perceção dos mercados sobre as implicações para o setor bancário de uma conjuntura macroeconómica". Contudo, o CEO do banco está confiante que "a evolução nos próximos trimestres permitirá comprovar o valor do Millennium BCP e os mercados farão, a seu tempo, uma apreciação menos marcada pelas incertezas macroeconómicas do presente".

 


Ainda assim o BCP não foi a ação do PSI-20 que mais ganhou. A Mota-Engil, que também tem sido fortemente penalizada nas últimas sessões, fechou a ganhar 7,96% para 1,817 euros.

As papeleiras também têm apresentado um desempenho negativo e hoje foram das que mais recuperaram. A Altri somou 2,75% para 5,60 euros, a Navigator ganhou 2,61% para 2,912 euros e a Semapa subiu 1,92% para 11,68 euros.

 

A Galp Energia valorizou 1,05% para 12,965 euros aproveitando a subida acima de 3% dos preços do petróleo, que também é impulsionado pela aproximação entre os EUA e a China.

 

Do lado das quedas destacou-se a EDP Renováveis, que tem renovado máximos históricos em dias negativos na praça portuguesa. Hoje a companhia de energias verdes desvalorizou 3,1% para 9,39 euros. A Nos também travou os ganhos do PSI-20 ao fechar com uma queda de 1,19% para 5,405 euros.

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