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BCP dispara 3% a caminho de melhor mês desde maio

As ações do banco seguem a negociar em máximos de junho, num mês em que os títulos sobem mais de 18%.

Miguel Maya, CEO do BCP, realça que nunca antes de setembro vai voltar a pensar em dividendos.
António Cotrim/Lusa
30 de Setembro de 2021 às 11:50
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As ações do BCP mantêm o bom comportamento registado nas últimas sessões, com o banco a destacar-se mais uma vez na bolsa lisboeta. As ações seguem a subir cerca de 3%, para máximos de meados de junho. No acumulado do mês que hoje termina, os títulos disparam mais de 18%.


O BCP segue a avançar 3,18% para 0,1557 euros, o valor mais elevado desde meados de junho, naquela que é a quarta sessão consecutiva de ganhos. As ações já chegaram a subir um máximo de 3,64% para 0,1564 euros.


Caso o banco mantenha este ritmo de valorizações deverá fechar o mês de setembro com um ganho superior a 18%, aquela que é a maior subida mensal desde maio, mês em que escalou 27,8%.


O banco liderado por Miguel Maya (na foto) tem sido suportado por várias notícias positivas. Por um lado, tem acompanhado o sentimento de ganhos que se vive na Europa, com o setor a ganhar cerca de 4% no mês, animado pelas indicações de uma retirada gradual de estímulos monetários por parte de grandes bancos centrais, ainda que o Banco Central Europeu se mantenha firme na manutenção dos juros em mínimos.


O desenvolvimento do caso da conversão de créditos em francos suíços, na Polónia, também tem merecido uma reação positiva por parte dos investidores. O banco continua determinado em resolver o maior número possível de situações fora dos tribunais, tendo alcançado acordos com 4.000 clientes, cerca de 8% dos clientes com créditos com estas características.


O banco recebeu ainda recentemente uma nota positiva por parte dos analistas do CaixaBank/BPI. O analista Carlos Peixoto melhorou a avaliação do banco de 17 para 18 cêntimos, enquanto a recomendação passou para "comprar", do anterior nível "neutral". Além das novas previsões, o banco incluiu o BCP na lista de ações preferidas. No mesmo "research", o analista Carlos Peixoto realçava que "preço das ações do BCP tem falhado em refletir a melhoria do sentimento na Polónia".


No acumulado do ano o banco valoriza mais de 26%.

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