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BCE e aproximação da China e EUA animam Wall Street

O alívio das tensões entre os EUA e a China está a animar os investidores que estão também a aplaudir as medidas anunciadas pelo BCE, uma semana antes da reunião da Fed.

Reuters
12 de Setembro de 2019 às 14:37
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As bolsas dos EUA iniciaram a sessão em alta, a refletir a aproximação entre China e EUA e as medidas de estímulos económicos anunciadas esta quinta-feira pelo Banco Central Europeu (BCE).

 

O Dow Jones está a subir 0,23% para 27.200,79 pontos, o Nasdaq avança 0,53% para 8.212,77 pontos e o S&P500 está a crescer 0,31% para 3.010,35 pontos.

 

Os investidores acordaram esta quinta-feira, 12 de setembro, com desenvolvimentos na frente comercial. Donald Trump anunciou um adiamento da aplicação das tarifas sobre alguns produtos importados da China. Em vez de passarem a ser aplicadas no dia 1 de outubro, o aumento em causa só deverá entrar em vigor no dia 15. Em causa está a subir das tarifas de 25% para 30% sobre importações de bens avaliados em 250 mil milhões de dólares.

 

O presidente dos EUA considerou, através do Twitter, que esta decisão era um "gesto de boa vontade" e surge depois de a China ter implementado medidas que aliviaram a tensão entre os dois países, nomeadamente a isenção de tarifas sobre alguns bens americanos.

 

Entretanto, Pequim terá dado ordens para que as empresas chinesas voltem a comprar soja e carne de porco aos Estados Unidos.

 

Donald Trump já reagiu, mais uma vez através do Twitter, afirmando esperar que "a China compre montantes elevados de produtos agrícolas" americanos.

 

A marcar a sessão está também o anúncio de novas medidas de estímulos por parte do BCE. Além do esperado corte da taxa de juros dos depósitos de -0,40% para -0,50% e do sistema de escalonamento nas taxas de juro pagas pelos bancos, o chamado "tiering", o banco central lançou um novo programa de compra de ativos, apesar da aparente divisão no seio da autoridade.

 

As compras vão começar a 1 de novembro e terão a dimensão líquida de 20 mil milhões de euros por mês. Os analistas dos bancos falavam em compras entre 30 e 40 mil milhões de euros mensais.

 

Donald Trump foi expedito e reagiu de imediato aos anúncios do BCE, atacando o banco central europeu e a Fed. "O Banco Central Europeu, agindo depressa, cortou os juros em 10 pontos base. Eles estão a tentar, e a ter sucesso, depreciar o euro contro o MUITO forte dólar, afetando as exportações dos EUA… E a Fed está sentada, e sentada, e sentada. Eles estão a ser pagos para emprestar dinheiro, enquanto nós pagamos taxas de juro!"

Apesar das críticas de Trump, as novidades estão a animar a negociação, com os investidores à espera da reunião da Reserva Federal (Fed), agendada para a próxima semana.

As tecnológicas estão entre as cotadas que mais sobem, com a Apple a ganhar 0,14% para 223,96 dólares, a Microsoft avança 1,03% para 137,52 dólares e a Nvidia cresce 1,26% para 186,65 dólares.

 

Entre as cotadas que estão a depreciar está a banca – um dos setores mais afetados pelo contexto de juros baixos – com o Bank of America a cair mais de 1% para 29,05 dólares, o Goldman Sachs a perder 0,21% para 216,34 dólares e o JPMorgan a ceder quase 1% para 116,29 dólares.

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