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Barclays: Momentos de queda devem ser aproveitados para reforçar exposição às ações

O banco britânico realça que as ações são o único ativo onde ainda é possível obter retornos reais positivos, apesar dos riscos de maior inflação.

O índice alemão avançou com a maior mudança da sua história, ao aumentar o número de constituintes para 40.
Reuters
07 de Outubro de 2021 às 12:41
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As ações mundiais terminaram o mês de setembro com o pé esquerdo, com a escalada dos preços da energia a refletir-se em perspetivas de maior inflação. Apesar destes receios que prevalecem nos mercados, o Barclays diz que os investidores devem aproveitar as quedas recentes para aumentar a exposição às ações. Alemanha e Itália lideram a preferência.

O índice europeu Stoxx 600 fechou o mês de setembro com uma desvalorização de 3,41%, colocando um ponto final numa série de sete meses consecutivos de subida. Já o norte-americano S&P 500 caiu 4,76%.

A pressionar o sentimento dos investidores tem estado a escalada dos preços da energia, que ameaça travar o ritmo de recuperação da economia e puxar pelos números da inflação. Apesar de reconhecer um período de maior volatilidade devido a estes riscos, os analistas do banco britânico continuam a privilegiar o investimento em ações em detrimento das obrigações.

Numa atualização da sua estratégia para outubro, publicada esta quarta-feira e citada pela CNBC, o Barclays admite que há riscos do lado da inflação, o ciclo económico está a chegar à maturidade, os rácios das ações estão em níveis elevados e o crescimento dos resultados deverá ser mais moderado, isto ao mesmo tempo que os bancos centrais se tornam mais restritivos. Um conjunto de condições que não muda a estratégia base do banco: a ausência de alternativas vai continuar a empurrar os investidores para as ações.

O responsável pela estratégia em ações europeias do Barclays, Emmanuel Cau, argumenta que os retornos futuros serão menores, mais "ainda identificamos as ações como mais atrativas que as obrigações", recomendando aos seus clientes que aproveitem momentos de quebra nos mercados para comprar.

"As ações são a única classe de ativos que produz retornos reais positivos e tendem a ter um melhor desempenho num ambiente de maior inflação", aponta o mesmo analista, acrescentando, porém, que "as ações estão menos complacentes agora", com os investidores a preferirem a exposição a setores mais defensivos.

Alemanha e Itália são oportunidade

Em termos de regiões, o Barclays mantém uma visão otimista para as ações europeias, argumentando que as bolsas do Velho Continente deverão registar um desempenho superior ao das praças de Wall Street.

O analista aponta oportunidades em setores como a banca e a energia, antecipando espaço para maiores ganhos nos bancos europeus, enquanto a energia é oportunidade pelo facto de estar a negociar em níveis atrativos.

A Alemanha e Itália recolhem a preferência do banco britânico, com ambos os países bem posicionados para ganhar com a reabertura da economia e a política monetária do Banco Central Europeu.

"A Itália está barata e tem uma dinâmica de lucros por ação mais forte que a Espanha. Estamos otimistas para os bancos, que têm um peso de capitalização bolsista muito maior na periferia do que nonos países ‘core’", explica Cau.

Já quanto à Alemanha, o Barclays realça que as ações no país estão baratas e o novo governo deverá preservar o "status-quo" no país.

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