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Banif dispara mais de 6% após reacção da gestão

Após três sessões de quedas, as acções do Banif regressaram aos ganhos. Somam mais de 6% um dia depois de a comissão executiva ter reagido às fortes perdas dos títulos.

Miguel Baltazar
21 de Outubro de 2015 às 08:44
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Ao quarto dia as acções do Banif sobem. O banco terminou a sessão de terça-feira com uma queda superior a 11% para 0,003 euros, o valor mais baixo desde que está cotado em baixa. Com este desempenho completou três dias de fortes quedas que levaram a comissão executiva a enviar uma mensagem interna às suas equipas.


Mas, esta quarta-feira, o título voltou aos ganhos. Soma 6,67% para 0,0032 euros, depois de ter chegado já a valorizar 10%. Foram transaccionadas até agora, em menos de uma hora de negociação, 47,9 milhões de acções, o que representa quase metade dos 94,8 milhões de títulos transaccionados em média diariamente nos últimos seis meses.


A comissão executiva do Banif enviou, esta terça-feira, uma mensagem às suas equipas comerciais a destacar a trajectória positiva do banco nos últimos anos, reagindo às referências de "natureza política" que levaram à forte desvalorização das acções. "Notícias recentes veiculadas pela comunicação social, em resultado de factos de natureza política, vieram colocar o Banif na agenda mediática, com o consequente aumento da pressão sobre a cotação das suas acções", assinalou a equipa de gestão numa nota a que a agência Lusa teve acesso.

Estas afirmações surgem depois da referência feita ao banco, no fim-de-semana, no comunicado da ministra das Finanças. Maria Luís Albuquerque respondeu às acusações de António Costa, secretário-geral do PS, de que o Governo cessante está a "omitir e a esconder do país dados sobre a situação efectiva e real" em que se encontra Portugal.

Em comunicado actualizado pelo PSD, é especificado que não foram "suscitadas quaisquer preocupações ou informações" sobre temas como "o processo de privatização da TAP ou a investigação aprofundada sobre o Banif" iniciada pela Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia.

"O comunicado da ministra das Finanças parece ser a causa da visibilidade negativa em torno do Banif, disse Steven Santos ao Negócios, esta terça-feira. "O facto de o Banif ter sido referido como um assunto sensível nas negociações entre o PSD e o PS foi o suficiente para alarmar os investidores", acrescentou o gestor do BiG. Uma tendência que o comunicado da equipa de gestão está, para já, a inverter. 

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