O anúncio de aumento de capital por parte do Credit Suisse está a pesar de forma negativa no desempenho das praças europeias, uma tendência à qual a praça portuguesa não escapa.

Depois de cinco sessões em terreno positivo, o PSI-20 ainda iniciou o dia em alta, mas inverteu a tendência em linha com as praças europeias. O índice cede 0,86% para 5.367,55 pontos, com 15 cotadas em baixa, duas em alta e uma sem variação.

O Credit Suisse desce 3,98% para 23,90 francos suíços e pressiona todo o sector na Europa, com o índice Stoxx para a banca a recuar 0,93%. O banco helvético anunciou esta quarta-feira que vai realizar uma reestruturação e um reforço de capital de mais de 6 mil milhões de francos suíços.

Em Lisboa o Banco Comercial Português cede 2,75% para 0,056 euros e o Banco BPI cai 1,7% para 1,038 euros. O Banif escapa a este movimento com uma valorização de 3,33% para 0,0031 euros, um dia depois de a comissão executiva ter reagido às fortes perdas dos títulos nas duas sessões anteriores.

Os juros da dívida portuguesa estão a subir em todos os prazos, num momento em que continua a incerteza política em Portugal devido à formação do próximo Governo. Na indefinição, os investidores pedem juros mais elevados na troca de títulos de dívida portuguesa, em contraciclo com o que acontece nos restantes países como Alemanha, Espanha e Itália. A taxa de juro a dez anos associada à dívida portuguesa está a subir 4,3 pontos base para 2,464%, sendo que o avanço é nesta magnitude nas maiores maturidades. 

Ainda a pressionar a bolsa portuguesa está a Galp Energia. A petrolífera desvaloriza 2,06% para 0,333 euros, numa sessão em que o petróleo em Londres cai 1,33% para 48,06 dólares.

A EDP desvaloriza 0,91% para 3,364 euros e a EDP Renováveis cai 0,73% para 6,107 euros. Ainda no sector energético a REN desce 0,66% para 2,866 euros.