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Banif perde 11% e atinge novo mínimo histórico
O banco liderado por Jorge Tomé fechou a perder mais de 11% e a negociar num novo mínimo histórico. As acções do Banif perdem terreno há três sessões consecutivas, numa tendência que os analistas atribuem à ministra das Finanças, após as declarações de António Costa.
Em resposta às acusações do Partido Socialista, Maria Luís Albuquerque mencionou que a situação do banco não suscita qualquer preocupação. Afirmações que, segundo os analistas, trouxeram alguma visibilidade negativa sobre o banco e explicam as fortes quedas das últimas sessões.
Em resposta às declarações de António Costa de que o Governo cessante estaria a omitir aos portugueses informações importantes, Maria Luís Albuquerque refere que nas reuniões com o PS não foram "suscitadas quaisquer preocupações ou informações sobre temas que não sejam do conhecimento público". "Como é o caso do processo de privatização da TAP ou a investigação aprofundada sobre o Banif iniciada pela Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia", acrescentava o comunicado da ministra das Finanças.
Com este desempenho, as acções completam três dias de perdas e elevam para 45,49% a queda acumulada desde o início do ano.
Este desempenho foi acompanhado de um forte volume de negociação. Foram transaccionadas 327,82 milhões de acções, o que supera os 94,9 milhões de títulos negociados em média diariamente nos últimos seis meses.
"O comunicado da ministra das Finanças parece ser a causa da visibilidade negativa em torno do Banif, acredita Steven Santos. "O facto de o Banif ter sido referido como um assunto sensível nas negociações entre o PSD e o PS foi o suficiente para alarmar os investidores", acrescenta o gestor do BiG.
Além do banco, também o dossiê da privatização da TAP foi mencionado, mas esta não é uma empresa cotada em bolsa, pelo que "as atenções do mercado e a pressão vendedora incidiram totalmente sobre o Banif", realça Steven Santos que lembra que "continuam a não existir propostas firmes pelo Banif, o que começa a preocupar os accionistas, alguns dos quais se posicionaram para beneficiar da eventual recuperação liderada por um novo accionista".