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BCP e PT perdem mais de 8% e arrastam PSI-20 para queda de 1,5%
A bolsa nacional encerrou em queda pela segunda sessão consecutiva penalizada, sobretudo, pelas perdas superiores a 8% do BCP e da PT SGPS, com o banco a negociar em mínimos de 2013. Na Europa, a tendência é igualmente negativa.
A bolsa nacional encerrou esta quarta-feira, 28 de Janeiro, em terreno negativo pela segunda sessão consecutiva, com o PSI-20 a deslizar 1,5% para 5.197,72 pontos. 12 cotadas encerraram em queda e apenas seis em alta.
Na Europa, a tendência é maioritariamente negativa, com a desvalorização da bolsa de Atenas a ofuscar os resultados mais positivos do que o esperado de empresas como a Electrolux e o Nordea Bank, e a arrastar as praças do Velho Continente. O principal índice grego completou esta quarta-feira a terceira sessão consecutiva de perdas, com uma desvalorização superior a 12%.
Na bolsa grega, o sector financeiro tem sido o mais penalizado. Só na sessão de hoje, os quatro maiores bancos do país afundaram mais de 25% - o que significa que, em apenas um dia, perderam mais de um quarto do seu valor. O desempenho do sector financeiro da Grécia acabou por arrastar os bancos portugueses que – a par com a PT SGPS – lideraram as perdas no PSI-20.
O maior deslize foi protagonizado pelo BCP, que encerrou a sessão a perder 8,7% para 6,3 cêntimos, depois de ter chegado a negociar em 6,25 cêntimos, o valor mais baixo desde Outubro de 2013. Já o Banif caiu 1,67% para 0,59 cêntimos e o BPI perdeu 4,3% para 86,7 cêntimos.
O banco liderado por Fernando Ulrich anuncia na quinta-feira, depois do fecho dos mercados, os resultados de 2014, sendo que o CaixaBI aponta para prejuízos de 83,1 milhões de euros. O BBVA reduziu o preço-alvo da instituição de 1,40 euros para 0,75 euros, mantendo a recomendação para o BPI em "underperform".
A penalizar o principal índice português esteve, de igual modo, a PT SGPS, que afundou 8,66% para 69,6 cêntimos. Os credores da Oi aprovaram a venda da PT Portugal à Altice, mas com a condição de o encaixe ser utilizado na redução da dívida da empresa ou na consolidação do sector de telecomunicações no Brasil.
Na energia, a EDP recuou 1,22% para 3,487 euros, a EDP Renováveis perdeu 0,53% para 6,02 euros e a Galp Energia desvalorizou1,68% para 9,438 euros, numa altura em que os preços do petróleo seguem em queda nos mercdaos internacionais.
Já no retalho a tendência foi mista, com a Jerónimo Martins a cair 2,03% para 9,618 euros e a Sonae a subir 2,07% para 1,181 euros. Além da Sonae, só a Portucel, REN, CTT, Impresa e Semapa encerraram a sessão em alta.
(Notícia actualizaçada às 16h51)