Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Banca italiana afunda e arrasta congéneres. BCP cai 4%

Os resultados eleitorais em Itália deixaram os investidores apreensivos, à espera do que poderá acontecer. A banca italiana é das que mais se ressente e está a arrastar os títulos do sector na Europa. O BCP é dos que mais cai.

Luigi di Maio lidera o 5 Estrelas, que foi o partido mais votado nas eleições em Itália Reuters
05 de Março de 2018 às 15:21
  • 5
  • ...

O 5 Estrelas foi o partido mais votado nas eleições italianas que decorreram este domingo, 4 de Março, e a coligação de centro-direita foi a aliança mais votada, mas ninguém consegue a maioria absoluta, o que deixa o panorama político italiano em suspenso.

 

"Os bancos são os que sofrem mais devido à exposição ao mercado interno e devido ao aumento de incerteza relacionada com a falta de visibilidade sobre o futuro governo" italiano, explica à Bloomberg Luca Rubini, gestor na Fidentiis Equities. "Incerteza significa menos crescimento", realça.

 

E, de facto, o sector financeiro destaca-se no lado das quedas. O índice Stoxx para a banca recua 0,57%, com o Banca Popolare dell'Emilia Romagna a perder mais de 7,5%, o Banca Popolare di Milano a ceder mais de 6,5% e o UBI Caixa a cair mais de 5%. Logo a seguir surge um banco irlandês (Bank of Ireland). 

O BCP é o quinto banco que mais recua na Europa, dentro do índice em análise, ao descer 4,12% para 0,2992 euros, tendo já trocado de mãos quase 111 milhões de títulos, quando a média diária dos últimos seis meses é inferior a 63 milhões. Na semana passada o BCP foi o único título do PSI-20 a valorizar.

 

Estas quedas da banca estão a afectar o desempenho das bolsas periféricas, com o italiano Mibtel a descer mais de 1% e o português a ceder quase 0,5%. O grego FTASE recua mais de 1,5%, também a reflectir os dados do crescimento da economia, com o produto interno bruto (PIB) a crescer 1,4%, em 2017, ficando aquém do estimado pelo Governo helénico em duas décimas.

Ainda assim, as quedas das bolsas acabam por ser moderadas, numa altura em que as taxas de juro associadas à dívida de Itália estão a subir menos de cinco pontos. "O mercado não está de facto em pânico, já que muitos acreditam que uma coligação entre o Movimento 5 Estrelas e a Liga é um risco pequeno", afirmou à Bloomberg Martin van Vliet, estratega do ING. O responsável acredita que o resultado não pode ser positivo para as obrigações italianas, já que há "um risco real de novas eleições dentro de seis meses".

Ver comentários
Saber mais BCP bolsas mercados bolsa italiana banca
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio