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Fecho dos mercados: Bolsas escapam aos receios sobre Itália. Petróleo sobe mais de 2%

As bolsas europeias fecharam, na maior parte dos casos, a subir, com os investidores a serem cautelosos em relação ao desfecho das eleições de Itália. Já o petróleo está a subir mais de 2% devido à expectativa de quebra de reservas nos EUA.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 fechou a cair 0,03% para 5.365,66 pontos

Stoxx600 encerrou a subir 1,04% para 370,87 pontos

S&P500 ganha 0,83% para 2.713,57 pontos  

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 3,5 pontos base para 1,952%

Euro sobe 0,10% para 1,2329 dólares

Petróleo sobe 2,14% para 65,75 dólares por barril

Bolsas europeias sobem indiferentes a incerteza em Itália 

As tão aguardadas eleições em Itália acabaram por ditar os resultados que muitos aguardavam, com o Movimento 5 Estrelas a ser o partido mais votado e nenhuma coligação a conseguir ter os votos suficientes para formar governo com apoio maioritário no parlamento. A incerteza em Itália deverá prolongar-se por semanas e acabou por não contagiar a maioria das restantes praças europeias, que seguiram a tendência positiva de Wall Street.

 

O Stoxx600 subiu mais de 1%, sendo que vários índices nacionais (como o DAX e o AEX) também fecharam o dia a ganhar mais de 1%. A bolsa italiana fechou no vermelho, ainda assim com uma queda abaixo de 0,5%, devido ao desempenho negativo do sector financeiro. O BCP acabou por ser contagiado, com as acções a caírem mais de 3% e a conduzirem o PSI-20 a fechar com uma queda ligeira de 0,03% para 5.365,66 pontos. A bolsa grega também encerrou no vermelho, a cair mais de 1%, também a reflectir os dados do crescimento da economia, com o produto interno bruto (PIB) a crescer 1,4%, em 2017, ficando aquém do estimado pelo Governo helénico em duas décimas.


Juros de Itália sobem e contrariam alívio no resto da Europa

A incerteza em torno do futuro de Itália está a ser recebida com cautela, sem grandes nervosismos, mas com algumas dúvidas. E é isso que está a ser reflectido na negociação da dívida. A taxa de juro associada à dívida a 10 anos de Itália sobe 2,9 pontos base para 2%. Já a "yield" associada à dívida portuguesa com a mesma maturidade recua 3,5 pontos para 1,952%. Os juros na Alemanha, França e Espanha também registaram descidas ligeiras.

 

Taxas Euribor mantêm-se a três e 12 meses e caem a 6 e 9 meses

As taxas mais usadas como indexantes nos financiamentos registaram comportamentos distintos, dependendo dos prazos. As taxas Euribor a três e a 12 meses estabilizaram nos -0,327% e -0,191%, respectivamente. Já a taxa a seis meses caiu para -0,272% e a Euribor a nove meses cedeu para -0,223%.

 

Euro sobe após eleições em Itália e referendo no alemão SPD

Dois dos momentos mais receados pelos investidores ficaram para trás. As eleições na Alemanha, que já foram em Setembro, só conheceram o seu verdadeiro fecho este domingo, depois de os militantes do SPD terem dado o aval ao acordo de Governo do partido com a CDU de Angela Merkel. Um resultado conhecido este apenas domingo. O segundo momento prende-se  com as eleições em Itália, que também decorreram no domingo. Neste último caso, as projecções (os resultados finais ainda não são conhecidos) apontam para uma grande divisão e será difícil alguém fazer coligações que levem a uma maioria. Mas o pior cenário – de partidos anti-sistema e anti-euro comandarem o destino de uma das maiores economias europeias – parece estar a ser afastado da mente dos investidores. O que sustentou o euro nesta sessão.

 

Petróleo sobe mais de 2% com queda das reservas dos EUA

Os preços do petróleo estão a subir mais de 1%, a reflectir as perspectivas de descida das reservas do pipeline de petróleo mais importante dos EUA (Cushing), cujas reservas já se encontram no nível mais baixo desde 2014. O barril do Brent, negociado em Londres e de referência para Portugal, sobe mais de 2% para 65,75 dólares.

 

Zinco cai mais de 2%

Os preços do zinco estão a cair mais de 2%, depois de ter sido revelada a maior subida de reservas deste material em quase três décadas. Depois de dois anos a registar subidas consecutivas, o zinco está a dar sinais de inversão da tendência. Desde meados de Fevereiro, altura em que atingiu o seu pico, o preço deste material já caiu mais de 8%.

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