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Apple leva Nasdaq a cair em dia de ganhos do Dow e S&P 500

As bolsas norte-americanas encerraram em terreno misto, com o Dow e o S&P 500 animados pelas perspectivas de um acordo comercial entre a China e os EUA, e o Nasdaq a ser pressionado pela Apple. A cotada da maçã esteve ainda a ser castigada pelas estimativas para as receitas do actual trimestre e arrastou a grande maioria do sector tecnológico.

Reuters
05 de Novembro de 2018 às 21:05
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O índice industrial Dow Jones fechou a somar 0,75% para 25.460,38 pontos na sessão desta segunda-feira e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,56% para 2.738,32 pontos.

 

Já o tecnológico Nasdaq Composite negociou em contraciclo, terminando a ceder 0,38% para 7.328,85 pontos.

 

A pressionar o sector tecnológico esteve sobretudo a Apple, que continuou a ser castigada pelo seu "guidance" para o actual trimestre. A tecnológica liderada por Tim Cook reportou na passada quinta-feira, 1 de Novembro, as contas do seu quarto trimestre fiscal e as estimativas para o período em curso.

 

Na primeira frente, os números agradaram, mas os investidores castigaram a empresa em bolsa porque as previsões para a facturação do seu primeiro trimestre fiscal ficaram aquém das expectativas do consenso do mercado. Além disso, também se venderam menos iPhones do que o esperado.

 

A empresa da maçã encerrou assim a perder 6,63% na sexta-feira e hoje caiu 2,84%, acumulando assim uma descida de 9,47% nas duas últimas sessões e deixando de ser uma "trillion-dollar baby" – patamar para onde tinha sido catapultada em Agosto passado ao alcançar uma capitalização bolsista de um bilião de dólares. Neste arranque da semana, fechou com um valor de mercado de 955,4 mil milhões de dólares.

 

Este mau desempenho da Apple continuou hoje a arrastar grande parte sector tecnológico, levando assim a que o Nasdaq fosse o único índice dos três grandes de Wall Street a encerrar no vermelho.

Uma excepção nas quedas deste sector foi a Microsoft. Já a Amazon sofreu também por pressão do boicote de que está a ser alvo na Arábia Saudita - pela forma como o The Washington Post (detido pelo CEO da Amazon, Jeff Bezos, que é também o maior accionista da retalhista online) tem feito a cobertura da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi.

Jamal Khashoggi era colunista do The Washington Post e foi assassinado no consulado saudita em Istambul no mês passado, onde se tinha dirigido para obter os documentos necessários para poder casar.

 

Em tendência contrária, o Dow Jones e o S&P 500 foram impulsionados pela expectativa de que os EUA e a China consigam chegar a um acordo comercial, travando assim a guerra de imposição mútua de tarifas aduaneiras.

 

Mas nada está certo e o mercado continua em suspenso, apesar do recente optimismo. Um forte ponto de fricção será o roubo de propriedade intelectual. Uma estatal chinesa foi ontem acusada pelos EUA de conspirar para roubar segredos comerciais à fabricante norte-americana de microchips Micron Technology.

A dar gás ao Dow e ao Standard & Poor's 500 esteve igualmente o sector energético, num dia de recuperação dos preços do petróleo.

Os investidores revelaram, contudo, bastante prudência na sessão desta segunda-feira, devido à grande expectativa no plano político interno: amanhã as atenções vão estar viradas para as eleições intercalares que vão determinar se os republicanos continuarão a controlar as duas câmaras do Congresso (Senado e Câmara dos Representantes).

 

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