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Apple afunda quase 9% e leva Wall Street de arrasto

A revisão em baixa das estimativas para as vendas no último trimestre de 2018 por parte da Apple juntou-se às perspectivas de abrandamento da economia global para pôr as principais praças bolsistas dos Estados Unidos em terreno negativo.

Reuters
03 de Janeiro de 2019 às 14:36
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O índice Dow Jones abriu a sessão desta quinta-feira, 3 de Janeiro, a perder 0,89% para 23.138,65 pontos, tal como o Nasdaq Composite a recuar 1,19% para 6.586,566 pontos e o Standard & Poor's 500 a resvalar 0,70% para 2.492,41. Depois de ter fechado a primeira sessão de 2019 com ganhos ligeiros, Wall Street regressou às perdas que marcaram o final de 2018 pressionada pela Apple e pela perspetiva de abrandamento da economia global. 

A Apple começou o dia a afundar 8,71% para 144,17 dólares, isto depois de a gigante norte-americana ter revisto em baixa as estimativas para as vendas nos primeiros três meses de 2019, sobretudo devido às vendas do iPhone abaixo do esperado no mercado chinês. A desaceleração económica na China contribui para este corte das projeções de vendas. Se fechar a sessão com uma queda de 9%, será a maior desvalorização diária da Apple em cinco anos.

Já na noite de quarta-feira, os títulos da tecnológica tinham afundado no mercado "after-hours" após Tim Cook, CEO da cotada, ter revelado em nota enviada aos acionistas que a Apple vai reportar vendas muito mais fracas do que era esperado.

A disputa comercial entre a China e os Estados Unidos promovida pelo presidente americano Donald Trump está a prejudicar o consumo dos produtos da Apple no mercado chinês, onde se verifica uma redução da procura.

Esta queda da Apple assim como o arrefecimento da economia mundial também está a contribuir de forma decisiva para o pessimismo registado nas principais praças europeias, que seguem esta quinta-feira em queda. 

Nota ainda para o facto de Trump e os líderes democratas no Congresso continuarem distante de alcançar um acordo que permita reabrir as agências governamentais paralisadas depois do "shutdown" iniciado há quase duas semanas. Devendo ser hoje reconduzida como líder dos democratas na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi avisou ontem que o Partido Democrata não vai aprovar nenhum diploma que permita financiar a construção do muro que Trump quer na fronteira com o México. 


(Notícia atualizada às 14:51)
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