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Cook: “saímos sempre mais fortes dos períodos desafiantes”
Tim Cook recorda aos funcionários que os períodos mais conturbados para a Apple tornaram a empresa mais forte. E que este é um momento bom para a fabricante dos iPhone se focar no que realmente importa: “oferecer os melhores produtos na terra aos clientes e fornecê-los com um nível de serviço inigualável”.
A Apple anunciou ontem aos acionistas que as receitas obtidas no primeiro trimestre fiscal, que terminou a 29 de Dezembro, ficaram aquém do esperado. E tudo devido à China, cuja dimensão do abrandamento não foi antecipada devidamente pela fabricante do iPhone.
"Embora tenhamos antecipado alguns desafios nos principais mercados emergentes, não previmos a magnitude da desaceleração económica, particularmente na China", escreveu Cook para os accionistas. "Na verdade, a maior parte da diferença, ao nível das receitas, face ao nosso guidance, ocorreu na China, no iPhone, Mac e iPad".
Tim Cook anunciou que a Apple espera agora receitas de cerca de 84 mil milhões de dólares no primeiro trimestre fiscal de 2019, abaixo da meta inicialmente prevista, que era entre 89 e 93 mil milhões de dólares.
Depois de anunciar as novas previsões aos acionistas, o presidente da Apple explicou aos funcionários da empresa, através de uma nota interna, porque é que as receitas estão a ter um desempenho inferior às previsões.
Tim Cook realça a confiança e o orgulho que tem nos produtos que são desenvolvidos pela Apple e garante que as "forças externas" não serão usadas como desculpa. "Este momento dá-nos a oportunidade para aprender e agir", garante.
Leia a nota interna de Tim Cook para os funcionários
"Equipa,
Bom ano novo – Espero que todos tenham conseguido descansar e aproveitar o tempo com os que amam nestas férias.
Ao mesmo tempo que estamos desapontados por falhar as nossas metas de receita no trimestre, o nosso primeiro trimestre fiscal também foi de recorde nas receitas de serviços, acessórios e [da unidade dos] Mac.
As receitas do iPad cresceram a dois dígitos no último trimestre face ao ano anterior, e as ativações de iPhone nos EUA e no Canadá registaram um novo recorde no dia de Natal. Esperamos registar recordes históricos de receita nos mercados-chave que incluem os EUA, Canadá e México, Europa Ocidental, nomeadamente na Alemanha e Itália, e em países na região da Ásia-Pacífico, como a Coreia e o Vietname. A nossa base ativa de aparelhos em todo o mundo também atingiu um novo máximo, refletindo a lealdade dos nossos clientes e a sua valorização pelo trabalho que fazemos.
Estamos profundamente orgulhosos das inovações que estamos a realizar para os nossos clientes com o iPhone XR, iPhone XS e iPhone XS Max. Estes são, sem sombra de dúvida, os melhores iPhones que alguma vez fizemos.
Contudo, não registámos um novo recorde de vendas de iPhone no primeiro trimestre devido a uma série de fatores – alguns macroeconómicos, e outros relacionados com a Apple e a indústria dos smartphones.
Forças externas podem travar-nos, mas não vamos usá-las como desculpa. Nem vamos apenas esperar até que melhorem. Este momento dá-nos a oportunidade para aprender e agir, para nos forcarmos nas nossas forças e na missão da Apple – oferecer os melhores produtos na terra aos clientes e fornecê-los com um nível de serviço inigualável.
Gerimos a Apple já muito tempo e saímos sempre mais fortes dos períodos desafiantes."
Tim Cook convida assim os funcionários da Apple a juntarem-se a uma reunião esta quinta-feira, 3 de Janeiro, às 9:30, hora de Washington. E diz que serão dados mais pormenores sobre o trimestre.