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Após vitória de Bolsonaro, acções da fabricante de armas Taurus afundam 50%

A empresa acumulou uma valorização de quase 400% durante o período da campanha eleitoral no Brasil.

Negócios 30 de Outubro de 2018 às 21:26
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As acções da fabricante brasileira de armas Forjas Taurus, que deram um salto de quase 400% durante a campanha eleitoral no país, quando as sondagens davam vantagem a Jair Bolsonaro na corrida presidencial, acumulam agora um tombo de mais de 50% nas duas sessões bolsistas decorridas após a vitória do candidato do PSL.  

O favoritivismo do ex-capitão do Exército deu fôlego ao título, uma vez que Bolsonaro defendia o fim do estatuto do desarmamento, sugerindo que pretendia armar a população brasileira facilitando a compra e o porte de armas. 

Na sexta-feira passada, 26 de Outubro, última sessão bolsista antes da segunda volta das eleições presidenciais, as ações da fabricante fecharam a valer 11 reais. No arranque desta semana, a primeira sessão após confirmada a vitória de Bolsonaro nas urnas, os títulos encerraram a mergulhar 25,91% para 8,15 reais. E esta terça-feira as acções terminaram nos 5,70 reais, uma queda de 38,65% face à véspera. No acumulado dos dois dias, afunda assim 54,5%.

O ajuste no preço já era esperado porque a pujança nas acções era considerada de carácter especulativo. Isto porque a subida ocorreu apesar de a empresa ter apresentado resultados financeiros negativos e mesmo depois de o próprio Bolsonaro ter dito que, se fosse eleito, quebraria o monopólio da fabricante de armas, o que seria negativo para a empresa que fornece material para diversas polícias do Brasil.

 

Duas fabricantes de armas, a Caracal – empresa do grupo estatal Emirates Defense Industries Company (Edic), dos Emirados Árabes Unidos, que tem planos para construir uma fábrica no Estado de Goiás – e a CZ, da República Checa, já sinalizaram que pretendem entrar para concorrer com a Taurus no país, segundo o jornal Valor Econômico.

A Taurus é uma das duas empresas no Brasil que produzem armas. A companhia diz que é uma das três principais fabricantes de armas leves no mundo e exporta armamento de uso civil e militar para mais de 70 países. Também produz capacetes e acessórios, além de peças para a indústria automóvel.

No primeiro semestre, a companhia registou prejuízos de 92,6 milhões de reais (22,2 milhões de euros), uma perda três vezes superior à verificada no mesmo período do ano passado.

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